Vários painéis e um filme, com o objetivo de aproximar a obra dos leitores, fazem parte da exposição Entre Mil Águas: vida literária de Casimiro de Brito, que estará patente, de 6 a 30 de Março, na Biblioteca António Ramos Rosa, em Faro.
Esta exposição, que é comissariada pela investigadora Patrícia Palma, quer, assim, proporcionar «um conhecimento mais amplo» sobre a vida deste poeta, que nasceu em Loulé, «e tem vindo a alcançar as mais elevadas distinções em Portugal e no estrangeiro, estando representado em mais de 200 antologias internacionais e traduzido em cerca de 30 línguas», diz a Câmara de Faro.
Casimiro de Brito manteve uma forte amizade pessoal e literária com António Ramos Rosa, até ao fim da vida deste poeta farense.
Por exemplo, «O Grito Claro, primeira obra de Rosa, foi editada na Coleção A Palavra, com direção literária de Casimiro», conta a Câmara de Faro.
Juntos dirigiram, também, o livro Cadernos do Meio-Dia, e Ramos Rosa foi mentor e impulsionador do movimento Poesia 61, que incluiu Casimiro, Fiama, Gastão Cruz, Maria Teresa Horta ou Luiza Neto Jorge e apontou novos caminhos na poesia portuguesa.
Casimiro de Brito foi também uma das personalidades que estiveram na génese do Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa, tendo colaborado com a Biblioteca de Faro em diversas iniciativas literárias, entre as quais os Encontros de Outono e Faro, Poesia Internacional, que dirigiu. Foi, também, agraciado, com a Medalha de Grau Ouro do Município de Loulé.
A exposição Entre Mil Águas: vida literária de Casimiro de Brito é da responsabilidade da Fundação Manuel Viegas Guerreiro, sediada em Querença.