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Os músicos algarvios Perigo Público (Élton Mota) e Sickonce (GI Joe/Rafael Correia) lançam, esta segunda feira, 5 Junho, o seu primeiro álbum em conjunto.

Desde as 10h00 que é possível aceder à edição digital do disco com a possibilidade de fazer encomenda física do CD e t-shirt (para um número limitado de cópias), através da página da Kimahera.

A dupla mostrou, a 16 de Maio, o primeiro avanço do disco com “Mar de Fora” – um manifesto contra a atual cultura hip-hop – e, agora, Élton e Rafa, revelam “1991”, um trabalho baseado nas vivências do processo de amadurecimento do artista (Perigo Público), uma criança que se viu obrigada a crescer e a ser adulta demasiado cedo.

“1991” é também um reflexo do ambiente único que se vive na sua cidade natal (Quarteira), cosmopolita e multi-cultural, mas que nunca perdeu a personalidade que caracteriza as gentes do mar.

«1991 foi o ano em que perdi o meu pai e, apesar de só ter 6 anos, começou nessa altura a criação de uma nova personagem. O disco está dividido em dois momentos: o primeiro, que conta a história desde 1991 até aos dias de hoje, e um segundo que conta um bocadinho da história antes de 1991. Daí o nome, é uma data que marca a minha mudança e convidei o Rafael para contar essa história comigo», afirma Élton Mota ao Musicália|Sul Informação.

É um trabalho marcadamente pessoal, onde todas as histórias foram vividas na primeira pessoa ou, quando por outros, sempre experienciadas pelo artista.

Os dois músicos reencontram-se muitos anos depois das primeiras colaborações (ainda na editora Chocolate Bars onde, em início de carreira, partilharam vários palcos).

A experiência e as várias parcerias ao longo dos anos amadureceram as mentes e as ideias o que tornou esta uma reunião especial. «Apesar de cada um ter o seu som, finalmente conseguimos casar esses dois mundos e criar um universo que é nosso. Das outras vezes ainda não estávamos em sintonia, a falar a mesma linguagem», afirma Élton.

Desta vez, pareceu-lhes ser diferente e o encontro de sonoridades parecia fazer cada vez mais sentido. «Dá-me muito gozo que isto finalmente aconteça, porque já tentámos várias vezes e o disco nunca saiu.  Havia sempre qualquer coisa que se colocava no caminho e o trabalho ficava a meio. Agora, veio em boa altura e percebemos que era desta. Assim que começámos, percebemos que havia vontade e que tínhamos uma linha que ia resultar», complementa Rafael Correia.

Quando o convite surgiu para que Sickonce fosse o produtor de “1991”, o projeto estava já estruturado na cabeça de Élton, desde o som à linguagem. No entanto, nas mãos (e nas “máquinas”) de Rafa, tudo foi mudando e as contribuições dadas ao longo do processo fizeram com que o produtor deixasse de ser um mero técnico e passasse a ser autor e parte principal do disco.

«O Rafael foi-me trazendo coisas que eu não estava à espera, mas que começaram a fazer sentido. A partir daí, não perdemos o fio do que estávamos a fazer, mas começámos a contar uma nova história», revela Élton.

Como criador, Sickonce procura experimentar e inovar nos instrumentais, mas nem sempre consegue, do outro lado, a receção pretendida. Desta vez foi diferente «tal como para o Élton este foi o momento para falar do que queria e sentia e eu tive a sorte de trabalhar com ele. Não há muitos intérpretes que tenham a liberdade de visão que ele tem. Eu gosto muito de experimentar fazer músicas sem regras, mas raramente tenho alguém que arrisque. O Élton consegue ver coisas, em instrumentais meus, que eu ainda não vi e são até esses que ele leva para casa para escrever», diz Rafa.

A produção do disco, passou tanto pelos sons que o Élton trazia – às vezes só samples – que eram posteriormente trabalhados em conjunto, como pelos instrumentais compostos por Sickonce, que eram escolhidos por Perigo Público.

Bem ao jeito de um bom MC, o tema que encerra o disco, “Capim” foi feito em freestyle, num improviso que surgiu quando Perigo Público ouviu o instrumental pela primeira vez.

Além dos dois músicos “1991”, traz como convidados Dino D’Santiago, Reflect, Napoleão Mira, Sara Espírito Santo e Rosário Fragoso (Fragas), nas vozes, John Harth (João Mestre), nas teclas, Vasco Moura, no baixo, e o artwork ficou a cargo de Camille Leon.

As reações ao primeiro tema leva-os a acreditar que o disco tem pernas para andar e estão a trabalhar para que as apresentações aconteçam em todo o país. Para a semana, de 12 a 16 de Junho, está prevista a revelação de um novo videoclip de outra faixa do álbum.

Que comece a viagem no tempo.

 

“Mar de Fora”:

Oiça aqui a entrevista:

Encomendas gijoe@kimahera.pt
CD – Edição limitada a 50 cópias: 7.5€ (+ portes de envio)
T-Shirt + CD: 15€ (+ portes de envio)

sulinformacao

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