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ameixial_walking festival_2Ainda faltam cerca de três meses, mas o Ameixial já se começou a preparar para acolher os muitos visitantes que são esperados em mais uma edição do  Walking Festival, que decorrerá entre os dias 22 e 25 de Abril.

O festival de caminhadas é um dos pontos altos do ano, na pequena aldeia serrana do concelho de Loulé, já que traz consigo animação e, sobretudo, estimula a economia local.

A edição de 2016 do Festival conta com várias novidades, desde logo o facto de durar mais um dia que o habitual, aproveitando o facto do feriado de 25 de abril cair a uma segunda-feira, o que permitiu à Câmara de Loulé e à recém-criada cooperativa Querer, coorganizadoras do evento,  montar um programa mais intenso e diversificado.

Como é habitual, aos valores naturais da Serra do Caldeirão, o cenário que enquadra as muitas caminhadas previstas, juntam-se os valores patrimoniais daquele território , mas também os culturais. Como acontece desde a primeira edição, o 4º Walking Festival terá uma ligação íntima com a Escrita do Sudoeste, um legado deixado pelos que habitaram aquela área há cerca de 2500, que agora tentamos descodificar.

Seja para descobrir as mensagens que nos chegam de há milénios, seja para desfrutar a natureza, há muitas razões para fazer a viagem até ao Ameixial e até para ali ficar durante alguns dias.

museu da escrita do sudoesteBruno Rodrigues, da Cooperativa Qrer, criada no âmbito do projeto Querença, Pedro Barros, coordenador do Projeto Estela, que estuda a Escrita do Sudoeste, e o empresário João Ministro, da ProAtiveTur, uma das muitas entidades que faz parte da comissão organizadora do Walking Festival, falaram com o Sul Informação, o media partner do evento, para levantar o véu sobre a edição de 2016.

«Reforçámos toda a programação e teremos quatro dias repletos de atividades, algumas das quais novas, porque queremos que haja sempre elementos novos, para que as pessoas sintam vontade de cá voltar», segundo João Ministro.

«A base mantém-se a mesma: muitas caminhadas, com diferentes motivações, seja pela caminhada em si, pelo contacto com a natureza, saúde e bem estar ou pelo território do Ameixial. Depois, também há caminhadas temáticas, à volta da observação de aves, geologia, arqueologia, botânica e fotografia», revelou o empresário de turismo responsável algarvio.

Apesar de algumas novidades estarem a ser guardadas para o momento de apresentação oficial do evento, que ocorrerá em Março, já é possível levantar o véu sobre parte das iniciativas previstas. Uma delas, é a uma parceria com a associação Jacobeu, no âmbito dos «Caminhos de Santiago».

«Vamos apresentar uma proposta para os Caminhos de Santiago do Sul, o troço entre Salir e o Ameixial. Num dos dias faremos essa caminhada, que é longa, com cerca de 25 quilómetros», anunciou Bruno Rodrigues.

Pedro Barros_João Ministro_Bruno Rodrigues_Walking FestivalTambém ao nível de alojamento há uma evolução, já que, além do espaço para acampar normalmente disponibilizado e do parque de autocaravanas, estarão ao dispor tendas Glamping,onde os visitantes podem pernoitar.

O Glamping, uma nova tendência no mundo do campismo, até terá direito a umas jornadas técnicas. «Este é aquele tipo de campismo, muito natural, em que se usam tendas diferentes, como as Yurts mongóis e outras. Há uma série de projetos que estão a usar este conceito, que nós achamos que poderá ter grande interesse para o interior da região e que lhe poderá dar alguma dinâmica», descreveu João Ministro.

O alojamento, tendo em conta a ambição dos organizadores deste evento, nunca será demasiado. «O ano passado tivemos cerca de 350 participantes e pretendemos duplicar, em 2016», disse. Apesar de a quarta edição ter apenas mais um dia que a 3ª, João Ministro conta que o evento mantenha a tendência de crescimento e salienta que, em 2015, «só não vieram mais pessoas porque no domingo choveu torrencialmente».

Um dos elementos diferenciadores deste festival de caminhadas é a Escrita do Sudoeste, uma herança cultural comum ao interior do concelho de Loulé e a Almodôvar. Pedro Barros tem-se dedicado a estudar este património.

«A Escrita do Sudoeste aparece há cerca de 2500 anos e é a primeira escrita que surge na Península Ibérica. Ainda é uma escrita misteriosa, já que conseguimos perceber alguns dos elementos da escrita, mas ainda não a conseguimos traduzir», explicou o investigador.

«Este ano, haverá um novo percurso associado à Escrita do Sudoeste. Serão duas caminhadas, com o objetivo de transportar o Museu para ameixial_walking festival_4o território. Vamos levar a pessoas a sítios onde existem vestígios deste património e onde viviam estas comunidades. Vamos explicar como seria a paisagem e a exploração dos recursos, que, em grande medida, ainda hoje subsistem na Serra», segundo Pedro Barros.

Também serão focadas «questões relacionadas com o património etnográfico, gastronómico e arquitetónico».

As inscrições para algumas das atividades vão abrir em breve. A participação é gratuita, mas a inscrição é obrigatória e pode ser feita através do site próprio do festival, que «estará operacional em breve».

Segundo Bruno Rodrigues, este site permitirá, ainda, fazer pré-reservas para refeições, incluindo pequenos almoços.  «Nos restaurantes parceiros existirão menús, que também incluem sugestões vegetarianas, que podem ser selecionados. Mas, para garantir que há lugar e refeição, convém reservar antecipadamente», avisou.

sulinformacao

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