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A peça de teatro “As Criadas”, de Jean Genet, vai ter exibições nos dias 2 e 3 de Dezembro, às 21h30 e 17h00, respetivamente, no Cine-Teatro Louletano, em Loulé. 

Com encenação de Marco Martins, tradução (do texto) de Matilde Campilho e com três das mais conceituadas atrizes portuguesas da atualidade na interpretação: Beatriz Batarda, Luísa Cruz e Sara Carinhas, esta será a última apresentação a nível nacional deste espetáculo e a única realizada no Algarve.

Sobre a peça pode ler-se: «O ar é nauseante. Mas elas respiram-no. A partir do momento em que a patroa se ausenta, a fantasia rasga-se no imaginário de duas irmãs, que se transportam para longe das suas próprias vidas, numa fuga urgente de um quotidiano miserável».

«Neste olhar de Marco Martins sobre o texto de Genet, o palco transforma-se num espaço de enclausuramento onde Beatriz Batarda, Sara Carinhas e Luísa Cruz – três das mais reconhecidas atrizes portuguesas – exploram as diversas identidades daquelas personagens em construção».

Para o encenador Marco Martins trabalhar a genialidade de Genet é, como dizia Luís Miguel Cintra no programa de “A Varanda”, «tocar em tudo ao mesmo tempo. É um jogo perigoso, feito simultaneamente com todos os níveis da consciência. Da consciência humana, da consciência política, que, nunca é demais lembrá-lo já que está tão esquecido, nunca pode deixar de ser humana. Mas quantos níveis tem a consciência?».

E, de facto, “As Criadas” não pode deixar de ser lido como um texto iminentemente político.

«Não porque nos fala sobre a luta de classes e o desejo de ascensão social, como em algumas abordagens acontece, mas sim porque nos fala sobre o valor da liberdade e o confronto do indivíduo com o seu opressor, do infrator em permanente desafio à autoridade, evidenciando a brutalidade do crime como arma transformadora e a sexualidade desviante como forma de fazer tremer os alicerces das sociedades moralmente conservadoras», diz a Câmara de Loulé.

“As Criadas” são o Genet marginal, o Genet órfão, o Genet perverso e politicamente controverso, o autor que resiste a definições.

«A minha escrita não é autobiográfica mas as minhas personagens relacionam-se com as minhas experiências», dizia o autor numa entrevista.

A produção deste espetáculo cabe à Arena Ensemble, sendo uma coprodução do Teatro Nacional D. Maria II e do Teatro Viriato.

Esta peça tem a duração aproximada de 105 minutos (sem intervalo), dirige-se a maiores de 16 anos (a lotação é limitada).

Os bilhetes custam 12 euros, podem ser comprados aqui, passando para 10 euros nos casos dos maiores de 65 anos ou menores de 30, sendo o Cartão de Amigo aplicável a este evento.

Para mais informações e reservas os interessados podem contactar o Cine-Teatro Louletano pelo telefone 289 414 604 (terça-feira a sexta-feira, das 13h00 às 18h00) ou pelo email cinereservas@cm-loule.pt.

Além disso, podem consultar a sua página de Facebook aqui ou o seu website aqui.

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