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A Associação Recreativa e Cultural de Músicos, em Faro, recebe, a 24 Junho, o AVE Rara Fest, um evento onde se apela aos diferentes sentidos através da música e da gastronomia experimental.

Com entrada gratuita, das 18h00 de sábado até às 04h00 de domingo, procura mostrar-se, num local mais espaçoso, o que tem vindo a acontecer mensalmente n’A Venda. «As pessoas que forem ao festival vão ver algo que não viram antes, porque a intenção é puxar pela criatividade e inovação, criando algo único, aliado, sempre, aos novos pratos apresentados pel’A Venda, de cada vez que fizemos estas sessões», revela Miguel Neto, organizador do evento, ao Musicália-Sul Informação.

Desde 2015 que, entre outubro e maio, acontece a AVE – A Venda Experimenta – onde é possível aliar a descoberta de novos pratos e sabores, preparados pelo restaurante farense A Venda, a projetos de artistas, músicos e não só, que aceitam o desafio de surpreender quem ousa experimentar.

A ideia de um Festival vem quase desde o início do AVE, “[re-]apresentando os projetos”, juntando todo o conceito num espaço onde seja possível reunir mais pessoas e ao ar livre. «É uma edição que tinha que acontecer, ainda para mais na Associação de Músicos e naquele pátio, que tem sido cada vez mais utilizado. A entrada é livre e o convite é para as pessoas virem para uma proposta diferente, para virem experimentar em todos os sentidos», destaca Miguel Neto.

Os pratos à disposição no AVE Rara Fest são uma seleção das inovações gastronómicas que foram sendo oferecidas ao longo dos dois anos de sessões por diferentes cozinheiros – Vasco Prudêncio, Ana Fonseca, Miguel Neto, Vicente Blanco, José Jesus, Pedro Beleza e Laura Nogueira.

As propostas vão dos “fritos de cerveja”, uma tempura de legumes e cerveja branca como maionese vegan e cerveja preta, à “veriche”, um ceviche feito com diferentes citrinos, até “brincadeiras para graúdos”, diferentes surpresas e experiências com carnes e suas texturas.

A esta estimulação palato-olfativa, junta-se a auditiva, com quatro ofertas artísticas; Roundhouse Kick, de Portimão, Heroin Holiday, Trinchax e Poezia Bruxa, de Faro, sendo que os últimos destacam a palavra dita.

«São todos algarvios e já passaram pel’A Venda Experimenta, alguns mais eletrónicos, outros menos, mas têm todos em comum a improvisação e serem experimentais. Não são pop, não são rock, não são metal, eletrónica… talvez, mas, para mim, isso é muito mais do que o eletrónico da chamada música de dança», acrescenta Miguel Neto.

O convite para a experimentação no AVE Rara Fest é feito para o final de tarde, em jeito de “lanche-ajantarado”, que vai sendo acompanhado pelo atuação dos diferentes grupos de artistas.

No final da degustação e bem ao jeito do AVE, haverá uma performance espacial. «Quando abrirmos as portas, a cozinha vai estar logo a trabalhar, temos a atuação dos quatro projetos e no final vamos mudar-nos para uma das salas e, todos juntos, vamos tentar criar algo diferente do que foi apresentado durante a tarde», remata Miguel Neto.

 

Oiça aqui a entrevista na íntegra:

 

 

 

sulinformacao

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