A acordeonista e vocalista Celina da Piedade vai apresentar-se em concerto no Teatro Mascarenhas Gregório, em Silves, no próximo sábado, dia 23 de maio, às 21h30. Celina da Piedade é acompanhada por Filipa Ribeiro, no coro e metalofone, e Alex Gaspar, nas percussões.
Este espetáculo encerra o ciclo +Cultura “Coração Acordeão”, promovido pela Câmara Municipal de Silves em parceria com a Mito Algarvio – Associação de Acordeonistas do Algarve, a Casa do Povo de S. Bartolomeu de Messines e a associação cultural Falajar.
O concerto tem como convidados especiais os acordeonistas Rui Briceño e Sérgio Conceição.
A artista dinamizará, ainda, nesse dia durante o período da tarde, uma masterclass especialmente dirigida a alunos de acordeão, abordando vários tópicos relacionados com o seu percurso musical, influências e tendências atuais na área do acordeão.
Celina da Piedade tem levado o seu acordeão e a sua voz até aos mais diferentes contextos, algures entre as formas e cores tradicionais, em viagens pelas memórias da música de raiz portuguesa e um sentir mais moderno e universalista.
Desenha uma música cheia de alma e de personalidade, que, em palco, ganha com a sua formidável presença.
Os ingressos para o concerto custam 5 euros.
Para informações, reservas de ingressos e inscrições para a masterclass os interessados deverão contactar o Sector de Cultura do Município de Silves – através do telefone 282 440 800 (ext.406) ou do endereço de correio eletrónico cultura@cm-silves.pt – ou o Museu Municipal de Arqueologia de Silves (tel.: 282 440 838).
Celina da Piedade leva o Alentejo ao Mundo
Celina da Piedade é acordeonista, cantora e compositora. Começou a estudar música aos 5 anos, e pouco tempo depois já atuava em público.
Estudou no Conservatório de Setúbal, onde também deu aulas de acordeão. Licenciou-se em Património Cultural e pós-graduou-se em Estudos de Música Popular.
Em 1998 conhece a Associação PédeXumbo, com quem colabora desde então e da qual é atualmente Presidente Honorária.
No ano de 2000, integra o Cinema Ensemble de Rodrigo Leão, com quem ainda trabalha, tocando em todos os concertos e discos do compositor.
A esta partilha acrescentam-se outras: Mayra Andrade (com quem tocou e para quem compôs “Mon Carroussel”), Uxía, Ludovico Einaudi, Gaiteiros de Lisboa, António Chainho, Samuel Úria, entre muitos outros.
Participou como artista e compositora em mais de 50 edições discográficas, para além de bandas sonoras para cinema, teatro e dança. Atualmente integra o grande coletivo “Tais Quais”, fazendo parceria com Vitorino, Tim, Sebastião, Serafim, Jorge Palma, Paulo Ribeiro e João Gil.
Ao longo destes anos participou como instrumentista e formadora em centenas de oficinas em torno da dança e da música tradicional. Dedica-se ativamente ao estudo e divulgação do património musical alentejano, liderando tertúlias semanais de Cante na Casa do Alentejo, em Lisboa. É coautora do livro “Caderno de Danças do Alentejo”, editado pela Associação PédeXumbo.
No seu trabalho a solo conta já com dois álbuns: “Em Casa” (Melopeia, 2012) e “O Cante das Ervas” (Melopeia e Jardim da Boa Palavra, 2014).
Pelo facto de Celina da Piedade cantar o sul como poucos, tem sido convidada a levar a música alentejana aos mais diversos pontos do globo, destacando-se, entre outros, Argélia, Brasil e Espanha.