Já é conhecido o «espetáculo inédito» que tinha sido anunciado para a 13ª edição da Feira Medieval de Silves: trata-se do “Nascer da Terra”, que se apresentará, todos os dias, de 12 a 21 de Agosto, às 22h00, no Castelo de Silves, com fogo, dança, música e pirotecnia.
Os grupos Anymamundy, Malatisch e Boca de Cão serão os responsáveis pelo espetáculo “Nascer da Terra”, que, segundo a Câmara de Silves, «envolverá as artes circenses (lira e mastro), a manipulação de figuras animadas e de objetos de fogo, malabares não convencionais e alguns momentos musicais ao vivo».
«Todas estas artes serão utilizadas para levar os espectadores a viverem todo o esforço, suor e lágrimas que fazem parte do dia-a-dia de um povoado, como era a Silves medieval, que tirava da terra o seu sustento, num incansável ciclo de trabalho: lavrar, semear, regar e cuidar, numa simbiose rítmica com o quotidiano, até à tão esperada colheita», acrescenta a autarquia de Silves.
A entrada no espetáculo custa 5 euros e inclui ingresso de entrada no recinto da Feira Medieval.
Grupos participantes:
Anymamundy:
É um projeto independente vocacionado para artes do espetáculo, visa promover e inovar no âmbito das intervenções de rua, explorando espaços físicos, públicos e temáticas não convencionais aliando as artes performativas às artes plásticas.
Desde que surgiu em 2002, tem-se afirmado com a sua multidisciplinaridade e adaptabilidade.
No seu percurso, tem participado ao longo dos últimos anos nos maiores eventos medievais nacionais.
No campo plástico tem desenvolvido várias sinergias com companhias de teatro e outros autores entre eles, Radar 360º, Zeca Medeiros, Clara Andermatt, Teatro do mar, Rei sem Roupa, entre outros.
Malatisch:
O Projeto Malatitsch surge em 2009 quando os performers Carmen Viegas e Chandra Malatitsch se conhecem na escola de artes e ofícios (Chapitô).
Ambos já trabalhavam na área do espetáculo, recriação histórica e cinema.
Malatitsch tem como propósito associar várias técnicas de diferentes artes para realização de espetáculos e animações de rua, tendo em consideração as exigências e temáticas de cada evento, focando-se essencialmente nas artes circenses.
Nos últimos anos, tem contado com mais um intérprete, Alfredo Teixeira, com formação inicial em ginástica, dedicado agora às acrobacias e ao Parkour, fundador da Team Braga.
Boca de Cão:
A Boca de Cão surge do amor às artes plásticas e ao teatro de rua, que tomou forma em espetáculos de marionetas que tem passado por várias cidades em Portugal e Espanha.
Da vontade de continuar a apresentar criações específicas para a rua e de desenvolver um universo próprio de fusão da estética rural e tradicional com a contemporaneidade, Hugo Ribeiro e Joana Domingos fundam a Boca de Cão no início de 2015.
Além das formas animadas, procuram desenvolver também criações plásticas, instalações e performances para o espaço público.
Hugo Ribeiro, licenciado em Cenografia pela ESMAE (Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto), é atualmente professor na mesma instituição que o formou.
Ao Longo dos últimos anos, tem desenhado e criado cenografia para várias companhias, tais como Teatro do Frio, PELE, Radar 360o, Erva Daninha, Nuvem Voadora, Anymamundy e Boca de Cão.
Em 2015, participou na criação da cenografia no espetáculo “Os Transportadores” da Companhia Radar 360o, projeto vencedor da Bolsa Isabel Alves Costa, parceria FIMP, Comédias do Minho e Teatro Nacional S. João.