A exposição «Entre Mil Águas: Vida Literária de Casimiro de Brito», que homenageia este poeta algarvio, vai estar patente no Arquivo Histórico de Albufeira, de 13 de Janeiro a 2 de Fevereiro, seguindo, depois, para a Biblioteca de Loulé.
Esta mostra passará, ainda, pela Biblioteca de Faro, em Março, pela Biblioteca de Olhão, em Abril, pela Biblioteca do Campus de Gambelas da Universidade do Algarve, em Maio, e pela Biblioteca de Silves, em Junho.
Nesta exposição «vários painéis e um filme prometem aproximar a obra dos leitores, na descoberta ou na procura de um conhecimento mais amplo do autor», diz a Fundação Manuel Viegas Guerreiro, onde a mostra foi inaugurada em 2016.
«As bibliotecas são um excelente ponto de encontro para leitores com perfis muito distintos e um espaço que os estudantes elegem para estudar. Por isso, pensámo-las como espaço ideal para a divulgação da obra de Casimiro de Brito, mas a exposição também poderá ser acolhida por escolas, associações culturais ou outros espaços expositivos, basta que manifestem esse interesse através do site da Fundação Manuel Viegas Guerreiro», acrescenta esta entidade.
Com obra traduzida em 30 línguas, entre elas árabe, hebreu, holandês, sueco, polaco, esloveno, servo-croata, grego, romeno, búlgaro, húngaro, russo, chinês e japonês, Casimiro de Brito é descrito como sendo «um homem do mundo com raízes em Loulé».
«Eu quero ser isso». «Assim decidiu ainda menino, sentado no colo de António Aleixo que, na tasca do pai de Casimiro, dizia a quadra do dia», conta esta fundação.
«O Aleixo tinha a música, a sabedoria e a crítica social. O que faço é o resultado da audição aliada à necessidade de dizer coisas que foram sempre ditas, mas de modo diferente. Daí os meus 70 livros», refere Casimiro de Brito.
«Do reconhecimento da diversidade, qualidade e originalidade da poesia de Casimiro de Brito, que tem vindo a alcançar as mais elevadas distinções em Portugal e no estrangeiro e está representado em mais de 200 antologias internacionais, nasceu a vontade da Fundação Manuel Viegas Guerreiro de homenagear o filho da terra», explica esta entidade.
Neste sentido, o 1º Festival Literário Internacional de Querença, que decorreu em Agosto, também foi uma maneira de prestar homenagem a Casimiro de Brito.
Patrícia de Jesus Palma é investigadora do CHAM (Centro de História d’Aquém e d’Além-Mar) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e responsável por este projecto de divulgação cultural e de promoção do gosto pelo livro e pela leitura.
«Entre Mil Águas: Vida Literária de Casimiro de Brito» tem o apoio da Direcção Regional de Cultura do Algarve, da Câmara Municipal de Loulé e da Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas.