O Festival da Batata Doce vai voltar a animar o Espaço Multiusos de Aljezur, de 25 a 27 de Novembro. Além das variedades de receitas com esta iguaria, a edição deste ano terá uma novidade: a existência de um evento ao longo da feira que ligará a gastronomia às artes e à cultura.
Em declarações ao Sul Informação, José Amarelinho, presidente da Câmara de Aljezur, revelou que esta novidade faz parte do recente projeto artístico «Lavrar o Mar», promovido pela Cooperativa Cosanostra, que integra a programação do «365 Algarve». Uma das primeiras aparições deste projeto será, com efeito, no Festival da Batata de Doce.
Quanto à iniciativa «Lavrar o Mar» que irá decorrer em Aljezur, José Amarelinho disse «que, a seu tempo, ela será mais bem divulgada», mas que é «sem dúvida, a maior novidade deste Festival».
Apresentado oficialmente na feira Portugal Agro, que se realizou de 28 a 30 de Outubro na FIL, em Lisboa, e onde o Sul Informação se deslocou, o Festival da Batata Doce terá, também, o já habitual concurso de doçaria à base de batata doce, assim como showcookings, em que «os chefes serão desafiados a dar novas interpretações» a esta iguaria.
Já no que diz respeito ao número de visitantes, José Amarelinho acredita que «cerca de 30 mil pessoas» irão à vila da Costa Vicentina ao longo dos três dias do certame. «Este é um Festival que consegue escoar toneladas de batata doce, o que é muito bom para a Associação de Produtores de Batata Doce», acrescentou.
Batata doce essa, da variedade Lyra, que é «única», por ser aquela que tem a Indicação Geográfica Protegida. «Estamos preocupados com as imitações que surgem, como a chinesa, ou a da América do Sul, mas esta é a verdadeira: aquela que não engana ninguém», defende, entre risos, José Amarelinho.
No stand dedicado ao Algarve, o presidente da Câmara de Aljezur foi distribuindo, aos visitantes da Portugal Agro, amostras do que vai haver no Festival da Batata Doce: desde tortas a pastéis, passando pelas cornucópias. Tudo feito, claro está, com «a verdadeira» batata doce. Da parte de quem visitou o stand do Algarve, Amarelinho recebeu agradecimentos e garantias de presença no certame aljezurense.
Além dos «muitos que nos visitam», este Festival também representa «o regresso de muitos à sua terra», no entender de José Amarelinho. Quanto aos que ficam por Aljezur, muitos são os que apostam no cultivo da batata doce. Além dos que o fazem para consumo próprio, já que «todos tem, no quintal, um pouco de batata doce», há quem faça negócio da cultura desta iguaria. «Atualmente são mais de 20 os produtores, associados, que o fazem», explica o presidente da Câmara de Aljezur.
Esta realidade é espelho «do grande peso que a batata doce tem na economia local», acrescenta. Mas, como o certame também terá artesanato regional e produtos do resto do Algarve, «o espaço Multiusos começa a ficar pequeno para tanta gente, seja a expor, seja a visitar-nos», diz, orgulhoso, José Amarelinho.
Apesar de haver perspetivas, dadas pelo presidente da Câmara de Aljezur, para, no futuro, se realizar um grande certame com produtos do mar, por agora a única garantia é o facto de a «batata doce» voltar a ser rainha de 25 a 27 de Novembro, em Aljezur. Até porque… «a batata doce é aquele alimento que nos enche a alma, seja com feijão, com couve, frita ou assada», concluiu, sorridente, José Amarelinho.
Fotos: Pedro Lemos|Sul Informação