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Jane Monheit, uma cantora «no top 5 das vozes atuais de jazz» e o trompetista Tom Harrel, ambos norte-americanos, ou a francesa Virginie Teychené são os artistas escolhidos para o festival Algarve Jazz Gourmet Moments, que vai decorrer em Albufeira, de 12 a 14 de Maio.

O programa «é para quem tem curiosidade», garante Hugo Alves, diretor da Orquestra de Jazz do Algarve e responsável pela produção do festival que aqui terá a sua primeira edição.

E porque o evento promete juntar a boa música de jazz ao gourmet, haverá também a vertente gastronómica. Mas, desiludam-se os que pensavam que podiam jantar ao som do jazz: neste festival, primeiro vai-se jantar, num grupo de restaurantes do concelho de Albufeira que aderiram ao conceito e terão ementas especiais, e depois é que se irá ao concerto, marcado para o auditório do Hotel São Rafael Atlântico, sobre a praia com o mesmo nome.

Ainda assim, Hugo Alves promete que o elemento gastronómico estará muito presente: «criámos este conceito de juntar o gourmet ao jazz para que haja aqui um outro elemento para além da música», numa forma de «mostrar também a riqueza gastronómica do Algarve».

O programa dos concertos, por si só, já será um atrativo muito grande, pela qualidade dos nomes escolhidos. O trompetista Tom Harrell, que abre o festival a 12 de Maio, «é um dos mais antigos e com maior história no jazz», explicou Hugo Alves. O norte-americano irá tocar, no concerto em Albufeira, com os 17 elementos da Orquestra de Jazz do Algarve, para a qual, garante Hugo Alves, «esse será um momento de grande prazer».

 

 

Na noite seguinte, 13 de Maio, segue-se «um dos maiores valores europeus do jazz», a francesa Virginie Teychené, que será acompanhada pelo seu quinteto. A cantora, que tem já uma carreira com dez anos, trará ao Algarve o seu mais recente álbum «Encore», onde apresenta «vertentes quase étnicas, até com sonoridades mediterrânicas». Cantará em inglês, em francês e em português com sotaque do Brasil, nas incursões que faz pela Bossa Nova.

Hugo Alves admite: trazer Virginie Teychené ao Algarve pela primeira vez é uma boa proposta para o público nacional e internacional, mas é também «uma piscadela de olho aos muitos franceses» que agora escolhem a região para as suas férias.

 

 

Finalmente, a 14 de Maio, chegará a vez da voz «extremamente lírica, sem nunca deixar de ser popular» de Jane Monheit, considerada uma das melhores vozes do jazz a nível mundial e que «não esteve muitas vezes em Portugal». A americana irá apresentar-se, no concerto do auditório do Hotel São Rafael Atlântico, com um quarteto «mais clássico de jazz».

 

 

Com estes concertos, a produção do festival Algarve Jazz Gourmet Moments não está apenas «à procura do público do jazz», garante Hugo Alves. «Queremos chegar aos outros», ao público em geral, que não é entendido neste tipo de música, mas que irá apreciar um programa de concertos com um jazz «mais clássico». «O jazz é música do século XX, é música da dança e do entretenimento».

Mas não se pense que, depois do jantar num dos restaurantes que hão-de aderir ao festival e do concerto de alta qualidade e muito divertimento, a música e a festa ficarão por aqui. «Durante estes três dias, vai haver um clube de jazz, uma espécie de jam sessions, com um quarteto a tocar durante uma hora para terminar cada noite do festival». Estas late sessions terão ainda «sessões de autógrafos» com os artistas, o que, com nomes desta craveira, «não é de todo normal».

Os bilhetes para os concertos, que terão lugar no auditório do centro de congressos do São Rafael Atlântico, com 500 lugares, custam 15 euros e já estão à venda na bilheteira online da Bol.

 

Quanto à vertente gourmet, que ainda não está totalmente fechada, irão participar «cinco a dez restaurantes» de todo o concelho de Albufeira, que oferecerão um menu especial, «com os produtos regionais em destaque». As reservas poderão ser feitas através do site do festival. Para já, estão confirmados os restaurantes «O Marinheiro», «O Alagar», «La Cigale», «A Casa do Avô» e o «Veneza», como se pode ver no site do festival.

Um dos que também já se sabe que irá participar é o Restaurante Mediterrânico do próprio Hotel São Rafael Atlântico, cujo diretor Bruno Silva anunciou que a ementa irá ligar «o jazz com os produtos regionais e nacionais».

O festival, que irá custar 50 mil euros e já está a ser produzido desde Outubro, resulta de uma proposta da Orquestra de Jazz do Algarve à Câmara Municipal de Albufeira, cujo presidente, Carlos Silva e Sousa, se confessa «um amante de jazz» e, por isso, «muito entusiasmado» com este novo evento cultural.

Hugo Alves explicou que o projeto foi apresentado «em exclusivo» à Câmara de Albufeira, «com quem já estávamos em conversações para outros eventos, antes do 365 Algarve aparecer».

É que estes Jazz Gourmet Moments contam com o apoio financeiro do programa 365 Algarve, cuja comissária confessou que a proposta a surpreendeu. «Algo que pesou na escolha deste festival, entre as inúmeras propostas que nos surgiram, foi a qualidade e o histórico da Orquestra de Jazz do Algarve e do seu diretor e maestro, o Hugo Alves», disse Dália Paulo.

Acabou por ser «uma escolha muito fácil», admitiu. Trata-se de trazer grandes nomes internacionais, capazes de atrair público nacional e estrangeiro, «mas com esta vertente gourmet, ligada aos produtos regionais, para manter a ligação à terra», acrescentou Dália Paulo.

 

Apresentação do festival no terraço sobre o mar do São Rafael Atlântico

O presidente da Câmara de Albufeira, como já se disse, é um fã assumido de jazz. Mas defende que este festival vai mais longe, ao «associar a intemporalidade do jazz a algo que também é intemporal, que é a nossa gastronomia e vinho».

Carlos Silva e Sousa sublinha: «ninguém vai fazer férias para lugares tristonhos. E a alegria é um apanágio dos algarvios, em especial das algarvias. Numa fase de maré alta do turismo, não podemos correr o risco de provocar desilusão nos turistas que nos escolheram, temos que lhes oferecer programas fortes e este é um deles».

Alexandra Gonçalves, diretora regional de Cultura, por seu lado, sublinhou a importância de criar, num destino turístico e também a nível de oferta cultural, «experiências que marcam». «Quem experimentar este festival, vai sair de Albufeira e do Algarve e vai passar a palavra, vai criar laços afetivos e de memória muito importantes».

Este festival, garantiu o presidente Carlos Silva e Sousa, «tem uma matriz que surpreende quem nos visita e quem cá está». Por isso, concluiu o autarca, o Jazz Gourmet Moments tem tudo para vir a tornar-se uma referência na programação cultural da época média do turismo no Algarve.

 

Fotos: Elisabete Rodrigues|Sul Informação

 

 

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