“Hamlet talvez”, com encenação de João Garcia Miguel, vai estar em cena no Cine-Teatro Louletano no próximo dia 13 de fevereiro (sábado), às 21h00. Nesta versão, explora-se uma interpretação alternativa do carácter e dos impulsos que motivam o «infeliz» príncipe da Dinamarca.
A Câmara de Loulé explica que, «depois de “Burgher King Lear” (2006), “Romeu & Julieta” (2011) e “Open Hamlet” (2013), João Garcia Miguel continua o seu diálogo com William Shakespeare. Nesta adaptação do clássico busca-se simultaneamente um entendimento e ajuda para os enigmas do viver, e auxílio para modificar e explicar o que vemos acontecer em cada um de nós. Parte-se da subjetividade filosófica dos atores em cena, e através da personagem de Hamlet e da sua intemporalidade, exploram-se as sombras, os fantasmas, as incertezas existenciais e a nossa própria desumanidade».
Para Garcia Miguel, Hamlet «impõe-se como uma dúvida fraturante, uma espécie de identidade oracular e fantasmagórica que anuncia, avant la lettre, o sujeito moderno e as suas ramificações na direção do sujeito contemporâneo».
«Trata-se de uma viagem pelo reino de Elsinore pouco convencional e propícia à reflexão sobre as forças concretas e dispersas, que nos incitam à ação e que opostamente, por vezes, nos paralisam – afinal, ser ou não ser? fazer ou não fazer?», acrescenta a autarquia louletana.
João Garcia Miguel nasceu em1961, e iniciou a sua carreira profissional na década de 80. Foi um dos fundadores dos coletivos Canibalismo Cósmico, Galeria Zé dos Bois e OLHO – Associação Teatral, que dirigiu entre 1991 e 2002. Em 2003 fundou a Companhia João Garcia Miguel e, em 2008, tornou-se diretor artístico do Teatro-Cine de Torres Vedras. Em 2014 foi distinguido com o prémio SPA para Melhor Espetáculo de Teatro, com “Yerma”.
A peça tem a duração de 75 minutos, dirige-se a maiores de 12 anos e os bilhetes custam 8 euros. Para maiores de 65 e menores de 30 anos os bilhetes custam 6 euros.