O «imposto das Sisas em Loulé: notas de estudo (séc. XV/XVIII)» é o tema da próxima conferência «O documento que se segue», que terá Patrícia Costa como oradora, e que se realiza dia 12 de Novembro, às 15h00, no Arquivo Municipal de Loulé.
As Sisas – imposto indireto sobre transações de bens móveis, imóveis e semoventes – evoluíram de imposto local e provisório no século XIV, para imposto régio, permanente no reinado de D. João I. A partir do século XVI, as Sisas passam a constituir uma renda fixa, por contrato (de encabeçamento), sendo estipulada uma verba certa a ser paga por cada terra à Coroa (o cabeção) e ficando a sua repartição a cargo dos órgãos concelhios.
«O Concelho de Loulé não foi exceção e, também aí, se cobraram Sisas, tal como demonstra a documentação, relativa a este imposto, depositada no Arquivo Municipal de Loulé: a série documental Registo de documentos relativos à Sisa (1483-1836)», explica a autarquia louletana.
O presente trabalho pretende apresentar algumas linhas de investigação sobre as sisas de Loulé a partir da análise do seu registo mais antigo, que corresponde ao Traslado de cartas sobre pagamento das Sisas, de 1483, e do primeiro Livro dos Manifestos das Sisas dos Bens de Raiz, datado de 1701.
Quem é Patrícia Costa?
Patrícia Costa é Doutorada em História (2015), pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto: «Finanças e Poder na Cidade do Porto (1706-1777).Do registo à fiscalização, estabilidades e ruturas».
Tem o Mestrado em Estudos Locais e Regionais, FLUP: «Administrar, Registar, Fiscalizar, Gastar. As despesas municipais do Porto após a Guerra da Restauração (1668-1696)». É investigadora do Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória».