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A Câmara Municipal de Lagos entregou na quarta-feira, dia 15, a candidatura aos fundos europeus, no valor de 1,5 milhões de euros, para ampliar o Museu Municipal Dr. José Formosinho.

O projeto candidatado pela autarquia de Lagos aos fundos do CRESC Algarve 2020 passa pela criação de uma nova ala do museu, do outro lado da rua, no edifício onde funcionou a antiga esquadra da PSP.

«Vai ser lá instalado o núcleo de Arqueologia, que passará a ter muito mais espaço para expor o rico espólio do Museu de Lagos, mas também condições mais modernas e consentâneas com as necessidades atuais», explicou a presidente da Câmara Joaquina Matos ao Sul Informação.

Também o quintal nas traseiras do edifício da antiga PSP será usado pelo museu, quer como espaço de lazer e de atividades, quer até para expor algumas das peças, como os menires pré-históricos, adiantou a autarca.

 

O antigo edifício da PSP para onde será ampliado o museu

Joaquina Matos acrescentou que, no atual museu, e com a saída das peças arqueológicas, também avançará «um projeto de reabilitação». O objetivo é «dar mais qualidade à apresentação das coleções que ali temos, bem como criar um novo e mais funcional espaço de receção».

O Museu de Lagos deve o seu nome a José Formosinho, seu principal impulsionador, nos anos de 1930. O museu mantém o mesmo caráter, atmosfera e até a coleção multidisciplinar, que vai da arqueologia, à etnografia regional e até africana, pintura e artes decorativas, numismática, arte sacra e mesmo uma coleção de malacologia (conchas e búzios). Visitar hoje esta estrutura é como recuar oito ou nove décadas na história da museologia. Daí que a sua ampliação e requalificação fossem um projeto acalentado há muito.

Para já, a presidente da Câmara de Lagos ainda não sabe quais as datas para aprovação da candidatura, lançamento do concurso para as obras, mas espera que a ampliação do Museu possa ser «concretizada o mais rapidamente possível». O projeto, revelou, «foi muito bem pensado e discutido, por isso agora é preciso que as obras avancem».

A ampliação e a requalificação juntam-se às obras profundas de restauro da Igreja de Santo António, monumento nacional anexo ao Museu Dr. José Formosinho, o terceiro local mais procurado pelos turistas no Algarve, a seguir à Fortaleza de Sagres e ao Castelo de Silves. Essas obras custaram no total 350 mil euros, dos quais 125 mil pagos pela Câmara de Lagos.

Do terraço da futura nova ala, avista-se o atual museu, a Igreja de Santo António e o mar, lá ao fundo
sulinformacao

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