A escritora algarvia Lídia Jorge ganhou hoje o prémio Urbano Tavares Rodrigues, com o romance “Os Memoráveis”, no valor de 7.500 euros, anunciou hoje a Fenprof, que instituiu o galardão e que, com ele, assinala o Dia Mundial do Professor.
O prémio foi atribuído por unanimidade pelo júri – os escritores e professores Teresa Martins Marques, José Manuel Mendes e Paulo Sucena – à obra publicada em 2014.
Em comunicado, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) refere que o júri considerou que o romance “constitui uma assumida marca de cidadania ao trazer a Revolução de Abril de 1974 para as páginas de uma obra literária, cuja intensidade de linguagem e mestria narrativa, conjugada por uma hábil técnica compositiva, faz dela uma notável presença na literatura portuguesa contemporânea”.
A FENPROF divulga neste Dia Mundial dos Professores, pelo quarto ano consecutivo, o vencedor de um prémio que, alternadamente, é de romance/ficção (Prémio Urbano Tavares Rodrigues) e de poesia (Prémio António Gedeão).
É um prémio instituído em parceria com a SABSEG Corretor de Seguros. O valor deste prémio é de 7 500 euros e destina-se exclusivamente a obras publicadas por professores/as, no ativo ou não, no ano anterior à sua atribuição.
A FENPROF salienta que “relativamente à vencedora da edição de 2015, Lídia Jorge, são dispensadas considerações por ser bem conhecida no mundo das letras e também no meio académico. Autora de diversas obras, Lídia Jorge foi professora do Ensino Secundário, tendo publicado a sua primeira obra em 1980” (“O Dia dos Prodígios”).
A sessão de atribuição do Prémio Urbano Tavares Rodrigues terá lugar em data a divulgar oportunamente.
Lídia Jorge já recebeu, entre outros, o Prémio Dom Dinis, o Prémio PEN Clube, o Grande Prémio de Romance de Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE) e o Prémio Jean Monet de Literatura Europeia.
Em novembro do ano passado, Lídia Jorge foi distinguida, por unanimidade, com o Prémio Luso-Espanhol de Arte Cultura 2014, atribuído pelo Ministério da Cultura de Espanha e pela Secretaria de Estado da Cultura de Portugal, e, em março, recebeu o Prémio Vergílio Ferreira da Universidade de Évora.