Davam luz, mas não só. As lucernas também eram um «objeto de propaganda, de mudanças sociais e religiosas, de gostos estéticos, de comércio e de economia». Para saber mais basta visitar a exposição “A Lucerna através do tempo”, a partir deste sábado, 27 de Janeiro, no Museu Municipal de Faro.
Esta «importante» mostra vai exibir «um conjunto de várias dezenas de lucernas, mostrando a sua evolução entre o século II antes de Cristo e o século VI depois de Cristo», diz a Câmara de Faro.
O conjunto, proveniente na sua maioria da antiga Horta do Pinto, é apresentado com mais peças emprestadas pelo Museu Nacional de Arqueologia, algumas delas recolhidas por Estácio da Veiga, um importante arqueólogo natural de Tavira.
«A localização portuária e a sua atividade comercial levaram a que Ossónoba conhecesse a importação de vários artefactos deste género e à sua distribuição, não sendo pois de estranhar o aparecimento deste conjunto de peças, que conservam variadas cenas decorativas, dignas de serem visitadas», segundo a autarquia.
Ainda hoje, nos meios científicos, a coleção de lucernas da Horta do Pinto é considerada uma referência no estudo deste tipo de bem arqueológico.
A exposição, comissariada por Carlos Samuel Pereira, investigador no Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa, vai ficar patente no Museu Municipal de Faro até ao dia 6 de Maio.