O músico Miguel Ângelo mostra o seu lado de DJ numa festa marcada para este sábado, às 23h00, no Ginásio Clube de Faro. Esta não é uma das vertentes mais conhecidas do antigo vocalista dos Delfins, mas um gosto que começou há já alguns anos. É, aliás, uma paixão que vem da juventude.
«Em adolescente, em festas de amigos, fins-de-ano e de liceu, sempre gostei de passar vinil. Mais recentemente, de uma maneira mais séria em 2006/7, quando começou a haver em Lisboa uma série de festas ligadas à música que eu gosto de ouvir, mais de inspiração soul e dos anos 60», explicou o cantor ao Musicália/Sul Informação.
A vinda ao Algarve partiu de um convite «simpático» e, sendo a primeira vez que ruma este ano a terras algarvias, Miguel Ângelo revelou que vai aproveitar para passear, além de ter «todo o prazer em estar aquelas horas a partilhar canções com as pessoas».
Porque é de uma partilha que se trata, uma vez que, não sendo um produtor de música de dança ou eletrónica, se assume como um selecionador de música. «Sou mais um seletor que encadeia canções, umas atrás das outras, e que quer, obviamente, fazer as pessoas dançar».
Miguel Ângelo é um apaixonado pelas canções, concertos e bandas, e é, ainda hoje, um assumido comprador e consumidor de música, por isso, quando se coloca atrás de uma mesa de DJ, procura fazer uma viagem que, afirma, é sempre diferente. «Não sou daqueles que leva tudo já feito de casa encadeado na pen. Tento ler o que se passa à minha frente, se as pessoas estão contentes, se estão a dançar»
Quanto ao tipo de música que se vai poder ouvir esta noite no Ginásio Clube de Faro, passa, acima de tudo, pelas músicas de que gosta, sem tirar os olhos da pista de dança, mas garante não existirem grandes fronteiras. Entre música soul ou dos anos 60, também anos 90 ou coisas novas, pode «começar nos Beatles e ir até à Rihanna. Vou tentar pôr canções que as pessoas conheçam, outras que as surpreendam».
Em resumo, «é uma viagem pela história das grandes canções, geralmente das mais ritmadas, porque são sempre as que nos fazem dançar».
Tendo ainda uma vida ativa como cantor, já que Miguel Ângelo acabou de lançar um single em nome próprio, poderá pensar-se que há a tentação de um improviso, uma presença por cima da música. Miguel Ângelo até espera que se cante, sim, mas garante que a «cantoria é para o público, que bebam uns copos e que afinem e cantem». «Posso cantarolar, mas não tenho o micro ligado», garantiu.
As entradas para a festa custam 5 euros e estão à venda no Ginásio Clube de Faro, uma associação sem fins lucrativos fundada em 1898, situada na Rua Ivens, na baixa farense.