O Museu Interativo do Megalitismo, equipamento cuja construção está “praticamente concluída” e que deve abrir ao público “em Abril ou Maio”, é uma das principais apostas para este ano da Câmara de Mora, no distrito de Évora.
A construção do núcleo museológico integra o projeto de recuperação da antiga estação ferroviária de Mora, envolvendo um investimento de 2,5 milhões de euros, comparticipado em 85% por fundos comunitários, explicou o presidente do município Luís Simão.
Segundo o autarca, a empreitada do equipamento, num edifício construído de raiz contíguo à estação ferroviária, está “praticamente concluída”, pelo que deve abrir “em Abril ou Maio”.
“Perspetivamos que seja complementar ao Fluviário”, espaço na freguesia de Cabeção que retrata o mundo dos lagos e dos rios e que atrai ao concelho, por ano, “cerca de 50 mil visitantes”, frisou.
Mas são visitas turísticas feitas por pessoas que “não ficam mais do que um dia” no concelho, apurou a Câmara, através de inquéritos, pelo que ambiciona, com o novo museu, prolongar essas estadias.
“Mais de metade dessas pessoas que vêm ao Fluviário fica pouco tempo. Queremos que permaneçam cá mais dias e isso só é possível se tivermos mais coisas interessantes para poderem ver”, explicou Luís Simão.
O novo museu vai ao encontro dessa estratégia, com o objetivo de aproveitar e potenciar a riqueza arqueológica ligada à arte megalítica existente no concelho.
“As investigações arqueológicas em Mora começaram há mais de 100 anos. Foram encontrados milhares de peças e monumentos e, durante muito tempo, as pesquisas decorreram na freguesia de Pavia, mas, hoje, sabemos que existem vestígios em todas as freguesias”, salientou.
O Museu do Megalitismo vai expor peças megalíticas recolhidas no concelho, mas o seu foco principal vai ser promover a interatividade com os visitantes.
“A mais-valia do museu é a interatividade que o visitante vai poder experimentar, enquanto percorre o espaço”, disse o autarca, argumentando tratar-se de “um projeto inovador na área da museologia em Portugal”.
Um filme em três dimensões com a apresentação do museu, em que “as pessoas se vão sentir envolvidas e vão compreender melhor o que vão visitar”, vitrinas interativas e a projeção de hologramas, que vão fazer aparecer “homens do tempo do megalitismo”, são “surpresas” preparadas, desvelou Luís Simão.
O orçamento da Câmara de Mora para este ano é de 10,4 milhões de euros (em 2015 foi 11,5) e aposta também na área da regeneração urbana, com os projetos do Centro Cultural de Cabeção e do Parque Urbano e do Miradouro da sede de concelho.