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Capicua_MaoVerdeCapicua e Pedro Geraldes rumam ao Algarve para apresentar, ao vivo, o livro/disco “Mão Verde”. O Cine-Teatro Louletano recebe esta quinta-feira, 27 de Outubro, para escolas, e sexta-feira, 28 Outubro, às 21h30, para o público em geral, este concerto, que convida as crianças a entraram, de forma musical, no mundo da ecologia, da Natureza e da alimentação.

Durante cerca de uma hora os músicos apresentam-se sozinhos em palco, onde tocam o álbum na íntegra, num concerto temático em torno das plantas, da agricultura, da alimentação, dos cheiros das ervas aromáticas, da cor das flores, com uma clara motivação ecologista. São rimas, histórias, rap e jogos de palavras, sobre batidas coloridas acompanhadas por diversos instrumentos tocados ao vivo.

Este é, na realidade, um regresso ao início, já que tudo começou por um convite para um espetáculo ao vivo do Teatro Municipal S. Luís, em Lisboa.

«Foi o empurrão para tudo isto acontecer, apesar de eu já ter vontade de escrever lengalengas, penso eu, num formato livro, era um projeto sem data e, provavelmente, se não fosse o convite do S. Luís, com um prazo definido, se calhar nunca tinha acontecido», revelou Capicua ao Sul Informação.

O disco tem lengalengas originais escritas e cantaroladas por Capicua e a música de Pedro Geraldes, mas “Mão Verde” é, no seu conjunto, um disco e um livro para crianças (e um espetáculo) que não se quer infantil.

Mão verde2«Quisemos fazer uma coisa de que nos orgulhássemos, que nos representasse, que não fosse básica, que não fosse pateta, que cumprisse um pouco aquela lógica de tratar as crianças de igual para igual» afirma Capicua, que acredita ser um bom raciocínio «e que na música também se deveria aplicar». A música é algo que os autores levam a sério, assim como a mensagem que passam, havendo também a preocupação «de apelar ao público adulto, que acaba, indiretamente, por consumir a música».

A diversidade musical mereceu um cuidado especial, brincando e ironizando com os estilos, «dando a conhecer as diferentes linguagens musicais», numa abordagem que encaram como musicalmente pedagógica espelhada numa «música mais hip-hop, uma mais calipso, uma mais afrobeat, uma mais eletrónica outra mais havaiana», como nos disse Capicua.

Não só na componente melódica houve uma preocupação de diversidade e coerência. Tal como a importância que as palavras têm no estilo (rap) pelo qual é conhecida, Capicua realça a atenção dada à mensagem: «quisemos fazer letras exigentes, interessantes, que tivessem várias camadas de entendimento, algumas que só os pais entendem, outras que as crianças vão entendendo à medida que vão amadurecendo, algumas ironias que vão descobrindo, duplos sentidos».

O nome do projeto (“Mão Verde”) nasce da expressão francesa avoir la main verte, que significa ter jeito para as plantas e talento para a jardinagem.

Reflexo de uma preocupação dos dois músicos, pela agricultura, a ecologia e a alimentação, “Mão Verde” tem uma clara motivação ecologista e vem despertar a atenção para o universo que ainda não tinha sido explorada no universo musical de Capicua. «Achei que era uma oportunidade até porque as crianças têm sempre muito interesse pelas coisas da Natureza, por mexer na terra, os insetos, por isso seria fácil associar essa mensagens mais ecologistas, àquele interesse quase universal que as crianças têm pela Natureza. E faze-lo de uma forma divertida, sem ser moralista, obviamente».

A atenção aos pormenores é uma constante na elaboração do livro, além das lengalengas escritas no papel, existem ilustrações de Maria Herreros e notas didáticas que ajudam a aprofundar o conteúdo das letras adicionando «uma componente educativa, por causa de tema que é transversal ao disco e ao livro».

Foi estabelecida uma parceria com Luís Alves, do Cantinho das Aromáticas, que ajudou «a fazer notas informativas , aprofundando os textos e, às vezes, até dando dicas, sugestões de boas práticas, para que as pessoas possam aplicar no seu dia a dia – as crianças e os pais – e possam cultivar esta mão verde que nós celebramos no disco».

“Mão Verde” reúne uma dúzia de canções alegres, compostas com sensibilidade e humor, para falar de agricultura, natureza, alimentação e ecologia, numa abordagem tão inteligente quanto espirituosa do imaginário infantil.

Os bilhetes para o espetáculo de amanhã no Cine-Teatro Louletano às 21h30 custam 3 euros.

 

Pode ver e ouvir “Erva-de-cheiro”:

Capicua: voz

Pedro Geraldes: programações, guitarra, baixo, teclas e percussão

Autorias: Capicua (letras) e Pedro Geraldes (músicas e arranjos)

 

Ouça aqui a entrevista com Capicua:

 

“Musicália” é uma rubrica, assinada por Pedro Miguel Duarte, que pretende dar a conhecer aos leitores do Sul Informação o que se anda a fazer no mundo da música portuguesa.

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