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A Orquestra do Algarve vai «arrumar» o grosso da programação da temporada 2011/12 em ciclos, para facilitar a vida ao seu público. Desde Música Inglesa a compositores do século XX, sem esquecer os mais novos e as famílias, é grande a variedade de estilos da programação apresentada na passada semana, em Vilamoura.

Os responsáveis pela formação musical algarvia introduziram diversas novidades para a temporada que começa a 4 de Outubro, no Cine-teatro de Loulé, das quais se destaca o desdobramento da orquestra em grupos de câmara, para chegar a mais locais ao mesmo tempo.

O programa apresentado é o primeira feito pela comissão artística, criada no seguimento da saída do anterior diretor artístico da OA Osvaldo Ferreira. Apesar de algumas mudanças na estrutura de programação, nomeadamente a forte aposta em ciclos com temáticas diferenciadas, a filosofia até agora seguida mantém-se, no essencial.

Um bom exemplo disso é a continuidade da vertente pedagógica e explicativa de alguns ciclos previstos. Os já tradicionais e muito procurados Concertos Promenade mantém-se, mas serão precedidos, até final de 2011, pelo ciclo «Concertos para Famílias», que consiste na apresentação de peças completas, comentadas e explicadas pela musicóloga Vanda de Sá.

A vertente pedagógica também vai estar muito presente no ciclo «Concertos de Música de Câmara», no qual a orquestra se irá desdobrar em formações mais pequenas, entre tercetos e quintetos, que irão atuar ao mesmo tempo em diferentes locais. As escolas da região são alguns dos locais a visitar.

«Esta modalidade permite não só chegar a mais locais, mas também que os músicos se aperfeiçoem em grupos mais pequenos», ilustrou o Maestro Titular e membro da comissão artística da OA Pedro Neves.

A evolução profissional dos 31 músicos da Orquestra do Algarve é igualmente focada noutro dos ciclos programados, o «Solistas da OA». Em quatro concertos, um ou mais músicos da orquestra vão sentar-se num lugar de destaque, naquilo que se pretende que seja «uma motivação extra para que os músicos evoluam constantemente».

Outra novidade da programação 2011/12 é o ciclo «Música Inglesa», da responsabilidade de Jhon Avery, o Maestro Associado da OA para a próxima temporada.

Na última semana de janeiro, fevereiro e março, concertos de conceituados autores ingleses pretendem, por um lado, dar a conhecer o rico repertório de música erudita do Reino Unido e, por outro, atrair às salas de espetáculos mais elementos da vasta comunidade britânica residente na região.

Como ilustrou John Avery, presente na apresentação do programa, este ciclo «só pode ajudar» a que haja cada vez mais interesse da parte da comunidade inglesa residente no Algarve em seguir a orquestra da região. «Os ingleses que aqui vivem já têm uma certa idade, como eu (risos), mas pela minha experiência, quando os desafio, estão dispostos a ir» a concertos, ilustrou o maestro inglês.

No início do próximo verão, chega outro ciclo inédito, desta vez dedicado à «Música do Século Passado». «Apesar do nome implicar uma certa distância, trata-se de música do século XX, completamente recente. Queremos dar a conhecer peças que não fazem parte do repertório habitual», disse Pedro Neves.

O programa não se resume aos ciclos anunciados e há muitas iniciativas «Fora da Série». Entre elas, a reedição do Masterclass de Direção Musical, a acontecer já em novembro, que este ano será conduzida pelo maestro Roberto Montenegro.

Em Agosto de 2012, surge uma novidade no campo da pedagogia, a «Oficina de Verão OA». «Esta será uma espécie de Masterclass dirigida a estudantes de música do Algarve e do país», explicou Pedro Neves.

Ao longo da temporada, a Orquestra do Algarve irá participar nos Dias da Música do Centro Cultural de Belém e no Festival da Caixa Geral de Depósitos. Também haverá concertos que não estão incluídos em nenhum ciclo, mas que contam com conceituados maestros, como é o caso de Sérgio Alapont.

Tanto o maestro titular da OA como o administrador da Associação Musical do Algarve Carlos Ferreira fizeram um balanço positivo da comissão artística que foi criada para montar este programa. Se, por um lado, «quatro cabeças pensam melhor que uma», por outro consegue-se um melhor e mais rápido consenso entre a parte puramente artística e a financeira.

sulinformacao

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