A obra poética «A convergência dos ventos», de Nuno Júdice, venceu por unanimidade o Prémio Literário António Gedeão 2016, instituído pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
O júri, constituído por José Manuel Mendes, Paulo Sucena e Teresa Martins Marques considerou que, naquela obra, publicada em Outubro do ano passado, “ressalta a mestria de uma escrita que se renova através de uma metapoética depurada e de uma diversidade temática surpreendente nos seus tons disfóricos, críticos, irónicos ou de maior comprazimento”.
O Prémio Literário António Gedeão visa galardoar uma obra de poesia de um autor português e tem como finalidade distinguir trabalhos literários, de poesia e ficção narrativa, alternadamente, de professores no ativo ou aposentados, de qualquer grau de ensino, público ou privado, e também de docentes deslocados em outros serviços ou funções.
Este é o segundo prémio que o algarvio Nuno Júdice, de 67 anos, recebe este ano, depois de a sua obra «La materia delle poesia», ter recebido, em Itália, o Prémio Internacional de Poesia Europa in Versi/Prémio Carreira.
Nuno Júdice nasceu na Mexilhoeira Grande, Portimão, em 1949. Formou-se em Filologia Românica pela Universidade Clássica de Lisboa. É professor associado da Universidade Nova de Lisboa, onde se doutorou em 1989.
Desempenhou as funções de Conselheiro Cultural e diretor do Instituto Camões, em Paris (entre 1997 e 2004). Dirigiu, até 1999, a revista Tabacaria da Casa Fernando Pessoa.
Em 2009, assumiu a direção da revista Colóquio-Letras da Fundação Calouste Gulbenkian.
É autor de uma vasta obra que abarca a poesia e a prosa. Tem recebido os mais importantes prémios literários, tanto em Portugal como no estrangeiro. Os mais recentes foram o Prémio Reina Sofia de Poesia Ibero-Americana (Madrid), Património Nacional e Universidade de Salamanca, em 2013, o Prémio de Poesia del Mundo Latino (Universidade de Aguascalientes, México) em 2014) e o Prémio Argana da Maison de la Poésie de Marrocos, em 2015.