A Orquestra de Câmara Portuguesa dá esta sexta-feira, dia 4 de março, às 21h30, um concerto no Auditório Municipal de Lagoa, onde irá estrear, a nível mundial, o Concerto para Clarinete e Cordas, do compositor português Armando Mota, há muitos anos radicado no Algarve.
Do programa constam ainda peças de Antonín Dvorak (Serenata para cordas em Mi Maior, op. 22) e de Benjamin Britten (Variations on a Theme of Frank Bridge, Op. 10).
A Orquestra de Câmara Portuguesa terá a direção do maestro Pedro Carneiro, sendo solista em Clarinete António Saiote.
Os bilhetes custam 8 euros e estão à venda nos locais habituais: Convento de S. José (282 380 434) ou Ticketline Portugal.
Quem é quem:
PEDRO CARNEIRO, cofundador, diretor artístico e maestro titular da Orquestra de Câmara Portuguesa, tem vindo a cativar plateias por toda a Europa, Estados Unidos, Ásia e Austrália, na sua tripla atividade de instrumentista, chefe de orquestra e compositor.
Estudou piano, violoncelo e trompete, desde os 5 anos. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian na Guildhall School of Music and Drama, onde concluiu a licenciatura em percussão e direção de orquestra com a distinção “Head of Department Award”.
Seguiu também os cursos de direção de orquestra de Emilio Pomàrico, na Accademia Internazionale della Musica, em Milão.
Aclamado internacionalmente como um dos mais importantes percussionistas da atualidade, tocou, em estreia absoluta, perto de uma centena de obras e apresenta-se regularmente como solista convidado de algumas das mais prestigiadas orquestras internacionais como a Filarmónica de Los Angeles, a Sinfónica de Seattle, a Filarmónica de Helsínquia, a Sinfónica da Islândia, a English Chamber Orchestra, a Orquestra de Câmara de Viena, a Sinfónica do Estado de São Paulo ou a Sinfónica da Rádio de Leipzig.
Alguns dos seus trabalhos discográficos foram distinguidos com prémios, em particular a sua monografia de Iannis Xenakis gravada em 2004, considerada pela imprensa internacional como uma gravação de referência.
ANTÓNIO SAIOTE é um clarinetista, pedagogo e maestro de renome internacional. Realizou concertos e masterclasses em mais de 20 países na Europa, Ásia e América.
Ensinou na Escola Superior da Universidade de Lisboa e na Universidade Católica de Aveiro. Os seus alunos tocaram em várias orquestras de Portugal e ganharam vários prémios nacionais e internacionais.
Foi membro de júris internacionais em Varsóvia, Roma, Toulon, Sevilha, Gand, Constancia, Kortrijk e Caracas. Organizou o Congresso Mundial de Clarinete no Porto. Nos últimos 10 anos tem desenvolvido em paralelo a atividade de maestro com sucesso crescente.
Dirigiu orquestras em Espanha, Lituânia, França, Venezuela, e as orquestras portuguesas mais importantes. Como clarinetista e maestro, estreou muitas obras de compositores portugueses e estrangeiros. Tem vários discos gravados e gravações de referência na rádio nacional Portuguesa. É atualmente professor na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo no Porto e diretor artístico da Orquestra Sinfónica.
ARMANDO MOTA nasceu em Lisboa em 1950, iniciou os seus estudos de piano aos 4 anos de idade e apresentou-se pela primeira vez em público no Conservatório Nacional, com apenas 5 anos.
Estudou piano com Campos Coelho e Lourenço Varela Cid, e foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkain durante nove anos. Mais tarde radicou-se em Viena, Áustria, com uma bolsa do Instituto de Alta Cultura, onde foi admitido na Hochschule fur Musik uns Darstellende Kunst, e frequentou o Conservatório de Viena.
Atuou em vários países e, em 1991, regressou a Portugal, fundando anos mais tarde o Conservatório Regional de Tavira. Desde 2003, integra os quadros da Academia de Lagos.
A ORQUESTRA DE CÂMARA PORTUGUESA, que tem o estatuto de Utilidade Pública desde 2013, nasceu em 2007, para criar uma plataforma de lançamento dos novos talentos nacionais da música erudita.
Desde o início, a OCP tem mantido um protocolo anual com a Fundação CCB, com presença habitual nos Dias da Música em Belém.
A internacionalização ocorreu em 2010, no City of London Festival, com 4 estrelas do crítico do jornal The Times. Entre 2007 e 2015, colaborou por diversas vezes com a Companhia Nacional de Bailado, participou nos principais Festivais de Música Nacionais e atuou em inúmeras cidades do Norte e Sul de Portugal.
Os mais diversos projetos da OCP movimentam 4 orquestras e mais de 200 músicos todos os meses: uma orquestra profissional, a Orquestra Académica da Universidade de Lisboa, o ensemble da CERCIOEIRAS e a JOP.