Pedro Cabrita Reis, um dos artistas plásticos portugueses mais conhecidos a nível internacional, vai estar em dose dupla em Faro, neste mês de Julho.
Assim, no dia 16, às 19h00, abre na Galeria Trem, a sua exposição “Ridi Pagliaccio” (Ri Palhaço), para, umas horas mais tarde,(21h30), o artista apresentar e comentar, no novo Q-Espaço Cultural, um filme por si escolhido. Trata-se de «A Noviça Rebelde», ou seja, «Música no Coração», o celebrado musical de Robert Wise, fita que faz agora 50 anos.
Foi mesmo Pedro Cabrita Reis quem escolheu o filme e quem fez questão que ele fosse anunciado com o nome que recebeu no Brasil. O que irá dizer PCR desta fita musical e porque razão a terá ele escolhido é coisa para ficar a saber no novo espaço cultural no quintal do antigo Magistério Primário, no dia 16 de Julho. A entrada para o filme é gratuita.
Quanto à mostra “Ridi Pagliaccio”, que estará patente até 26 de Setembro, vai fechar o ciclo de exposições deste semestre daquele espaço, que tem curadoria da Licenciatura em Artes Visuais (FCHS/UAlg), com apoio do CIAC – Centro de Investigação em Artes e Comunicação, da Universidade do Algarve.
A obra de Pedro Cabrita Reis faz-se de muitos meios e materiais, muitas vezes mantendo a criação no espaço ambíguo entre o desenho e a arquitetura, entre o tangível e o inefável.
Pedro Cabrita Reis tem participado em exposições internacionais de renome, como a 9ª Documenta de Kassel (1992) ou a 24ª Bienal de São Paulo. Em 2003, representou Portugal na Bienal de Veneza, tendo também representado já o país na Bienal de Lyon.
A sua obra é marcada por exposições individuais nas maiores galerias nacionais e internacionais, obras presentes nas principais Bienais e Feiras de Arte, bem como em importantes coleções: Fundação EDP, Fundação Serralves, Calouste Gulbenkian, Tate Modern, de Londres, que em 2012, lhe comprou quatro obras.
Sempre polémico, há cerca de três anos, a sua intervenção no paredão da Barragem da Bemposta, no Douro, causou forte contestação. Mas, numa conferência que deu na Universidade do Algarve, o artista ripostou: «a atividade do artista não tem de ser cordata com aquilo que a sociedade espera».
A exposição que vai abrir na galeria situada na Vila-Adentro integra-se no protocolo entre a Câmara de Faro e a Universidade do Algarve, através da Licenciatura em Artes Visuais e do CIAC.
O objetivo é «promover as artes e ocupar efetivamente a Galeria Trem, que é de novo uma das galerias de referência no espaço nacional, pela qualidade das exposições e pelo trabalho de divulgação da cultura na região».
Pedro Cabrita Reis vive em Lisboa, mas é descendente de famílias algarvias, com raízes no Barrocal, e já viveu, nos anos 80, em Portimão, onde deu aulas. Desde 2005 que reparte o seu tempo entre a casa e ateliê de Lisboa e a sua casa no interior do concelho de Tavira.
Corrigido: às 15h01, colocando o programa correto, já que inauguração e filme serão no mesmo dia, 16 de Julho, após alteração da programação do Q-Espaço Cultural.