O portal de genealogia do Algarve, da autoria do investigador Nuno Campos Inácio, apresenta em destaque hoje, dia em que tomou posse o novo Presidente da República Portuguesa, a genealogia até agora conhecida dos três algarvios que exerceram o cargo de Presidente da República e de um Presidente da República do Brasil, descendente de algarvios.
Os algarvios são Manuel Teixeira Gomes, nascido em Portimão em 27 de Maio de 1860, e que foi o 7º Presidente da República Portuguesa (entre 6 de Agosto de 1923 e 11 de Dezembro de 1925), o Almirante José Mendes Cabeçadas Júnior, nascido em São Clemente, Loulé, em 19 de Agosto de 1883, que foi o 9º Presidente da República Portuguesa (o 1º da Ditadura Nacional) e ao mesmo tempo presidente do Conselho de Ministros, no breve período entre 31 de Maio de 1926 e 16 de Junho do mesmo ano, e finalmente Aníbal António Cavaco Silva, que hoje deixou de ser Presidente da República, dando lugar a Marcelo Rebelo de Sousa.
Aníbal Cavaco Silva, nascido em Boliqueime (Loulé), em 15 de Julho de 1939, foi o 17º Presidente da República de Portugal.
Finalmente, o Presidente brasileiro descendente de algarvios foi o carioca João Baptista de Oliveira Figueiredo, 30º Presidente da República do Brasil, cargo que exerceu de 15 de Março de 1979 a 15 de Março de 1985. Faleceu em 1999, no seu Rio de Janeiro natal.
O genealogista Nuno Inácio revelou ao Sul Informação que o Presidente João Baptista de Figueiredo era descendente do Capitão Luís de Figueiredo Leitão, natural de Monchique, onde nasceu por volta do ano de 1710, e que foi para o Brasil.
Os pais deste Capitão Luís de Figueiredo Leitão «casaram em Lagoa em 10 de Janeiro de 1685 e eram Manuel Rodrigues Estevens, de Monchique, e Luísa de Figueiredo, uma das descolonizadas de Tânger, que foram obrigados a vir para o Algarve». É que, quando Portugal abandonou essa e outras praças marroquinas, «as famílias portuguesas de Tânger foram obrigadas a vir para o Algarve, enquanto as de Mazagão foram obrigadas a ir para o Brasil, onde fundaram a Nova Mazagão. A noiva, provavelmente ainda nascida em Tânger, era residente em Lagoa», explicou o investigador.
«Esse mesmo casal de Monchique/Lagoa é ascendente do Barão do Triunfo, que era tio-avô do Presidente Figueiredo», acrescentou.
João Figueiredo foi o último Presidente do período do regime militar. O seu governo promoveu a primeira eleição civil brasileira desde 1964, que decretaria o fim do Regime Militar.
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