Sequin estreia-se, este sábado, às 19h30, no Algarve. A artista encerra o Ciclo de 2015 dos Concertos ao Entardecer, na sede da Associação ArQuente, em Faro e depois, às 22h30, apresenta-se em formato Dj Set no Q Espaço Cultural.
Para a estreia no Algarve, Sequin traz “Penelope”, o primeiro álbum e vem acompanhada por Tiago Martins no baixo e Filipe Pais a quem se junta nos sintetizadores. Para o pôr-do-sol do próximo sábado, Sequin promete que «vai ser um concerto diferente do que se ouve no álbum. Será num registo mais orgânico e esperamos que as pessoas queiram dançar connosco e se sentirmos boa energia do público, certamente que vai ser ainda melhor».
Sequin, em português lantejoula, é o projecto experimental e solitário de Ana Miró, eborense que se mudou para Lisboa e que, no burburinho da capital portuguesa, decidiu colocar o rock ou a bossa nova de lado e, de uma forma natural, trilhar outro caminho.
Sem expectativas, Ana Miró parou e começou a explorar um universo mais electrónico que surgia como «uma curiosidade». «Quando decidi que gostava de experimentar fazer alguma coisa sozinha e quando tive de optar por um estilo, segui sem dúvida a electrónica porque tinha mesmo muita curiosidade em experimentar, fazer e criar coisas nesse género» .
Sequin recorda que tudo começou numa base experimental e que a partir daí «foi ver um projeto crescer do nada, só da minha vontade de querer experimentar fazer musica que nunca tinha feito até então».
“Penelope”, o álbum de estreia, chegou a 21 de Abril de 2014 com o selo da Lovers & Lollypops e produção assinada por Moullinex. Depois do lançamento do registo, o caminho fez-se com diversos concertos e até com a distinção de Artista Revelação Europeia de 2014 nos Prémios Pop-Eye em Espanha.
O galardão leva Sequin a admitir que «é estranho receber reconhecimento lá fora porque não tinha noção de que a música passava para lá das fronteiras e só posso estar muito grata por isso» e recorda o último ano como «muito interessante, uma aventura cheia de surpresas e um momento de muito crescimento».
Em “Penelope” para além da relação conceptual com o Oriente, despertada pela mística, pela filosofia, pelos símbolos e pela sonoridade oriental abre-se também a porta para a mitologia grega. E é inspirado na história de Penelope que surge o nome do primeiro álbum de Sequin.
Mitologia personificada em Ana Miró, onde encontramos a paixão pela música, o abdicar de várias coisas por esta paixão, a fidelidade, a dedicação, «o trabalhar nisto sem saber se alguma vez iria ter algum retorno e é esta a relação com a história de Penelope que continuou sempre fiel à espera de Ulisses».
Quanto ao futuro, Sequin mantém os pés bem assentes no chão e admite que não faz muitos planos porque «a minha experiência diz-me que é melhor saborear as coisas à medida que elas surgem e não ter muitas expectativas.»
Depois do concerto, na sede da ArQuente, Sequin apresenta-se em formato Dj Set no Q Espaço Cultural. Ana Miró adianta que será «mais ou menos uma estreia neste formato» e que por ser algo que tem muita vontade de fazer «vai saber bem e estou a planear uma noite muito dançável».
Preços:
ArQuente – 5€
Ouça aqui a entrevista na íntegra a Sequin à RUA FM