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José LouroO Prémio Regional “Maria Veleda”|2016, foi atribuído por unanimidade, a José Luís Leite da Silva Louro, candidatura apresentada pelo Club Farense, acaba de anunciar a Direção Regional de Cultura do Algarve, promotora do galardão.

O  júri deliberou distinguir o professor José Louro, reconhecendo que «o seu percurso de vida, bem como a sua participação cívica e cultural são um relevante testemunho que vai totalmente ao encontro dos critérios e do espírito subjacentes a esta distinção», revela a Direção Regional.

A sua ação e intervenção no âmbito do ensino, mas também da juventude e do associativismo, foi precursora de novas práticas culturais no Algarve, tendo estado na criação do grupo de teatro universitário SIN-CERA, na fundação da Companhia de Teatro do Algarve e na formação do grupo de teatro Al-Masrah.

Além de um «incontestável pedagogo e um amante e especializado conhecedor da poesia pessoana», assumiu a função de programador no Teatro Lethes e, mais tarde, no Teatro Municipal de Faro, até 2008.

«Mobilizou jovens e marcou a história do teatro no Algarve, tornando-se numa referência inquestionável da educação pela arte na região», salienta.

Na relação com os princípios de igualdade de género e de oportunidades, bem como do exercício de uma cidadania ativa, foi responsável, entre outras atividades, pela encenação da peça Casa de Bonecas, do dramaturgo Henrik Ibsen, de 1879, texto icónico na luta pela emancipação das mulheres.

O júri, constituído por Alexandra Rodrigues Gonçalves, diretora regional de Cultura do Algarve, que presidiu à reunião, Ana Paula Amendoeira, diretora regional de Cultura do Alentejo, António Branco, reitor da Universidade do Algarve (UALg), Idálio Revez, jornalista do «Público», José Carlos Barros, arquiteto paisagista, Lídia Jorge, escritora, Mirian Tavares, diretora da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da UAlg., Natividade Monteiro, professora e investigadora, e Paulo Cunha, professor de música, reuniu-se no passado dia 10 de Outubro, segunda-feira, para avaliar as oito candidaturas recebidas.

A Direção Regional de Cultura do Algarve felicita, igualmente, os restantes candidatos, pelos projetos e ações que cada um tem concretizado e que em muito têm contribuído para o desenvolvimento cultural da região algarvia.

A criação deste Prémio, em 2014, por aquele organismo, pretende reconhecer o percurso cultural e cívico de personalidades que se tenham revelado como protagonistas de intervenções particularmente relevantes e inovadoras na região, bem como, igualmente, inscrever-se no âmbito da resposta às medidas previstas no programa “Mulheres criadora de cultura”, preconizadas no V Plano Nacional para a Igualdade de Género, Cidadania e não Discriminação, a decorrer no período de 2014-2017.

A entrega do galardão, previsto para o mês de Dezembro em espaço e dia a anunciar brevemente, tem uma dotação de 5.000 euros e uma medalha comemorativa, produzida pela empresa de cortiça Pelcor, que, desde o início, está associada ao Prémio Regional «Maria Veleda».

«O Algarve presta desta forma o seu reconhecimento público a José Louro, uma grande personalidade da cultura algarvia, pelo que, este é um momento de celebração para a Cultura da região», conclui a Direção Regional.

Há dois anos, na sua primeira edição, o Prémio Regional Maria Veleda foi atribuído a Margarida Tengarrinha.

sulinformacao

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