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Programação Lethes (2)A apresentação da programação de 2016 do Teatro Lethes teve lotação esgotada, na sexta-feira à noite. Um bom prenúncio para a ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve, que criou para este ano «o programa possível», devido às restrições financeiras.

Foi Carmen, a clown que tentou representar Julieta, e acabou a falar com o público sobre os fantasmas de uma bailarina e de um soldado francês que habitam o Teatro Lethes, que abriu a cerimónia de apresentação da programação.

No entanto, “o fantasma” que mais assombra este teatro é o da falta de verbas. Segundo Luís Vicente, as limitações financeiras «afetam sempre, basta não conseguirmos trazer um espetáculo que consideramos que faz sentido no nosso critério de programação. Tive de excluir alguns espetáculos de jazz muito bons e uma peça que queria trazer, que era uma reflexão sobre o Hamlet,  devido aos valores que não são alcançáveis para nós».

KARYNA GOMES
Karyna Gomes

Ainda assim, vão passar pelo palco do Lethes vários espetáculos que prometem esgotar o teatro. Luís Vicente destaca, «na música, a Karyna Gomes (9 de julho), no teatro, “I can’t breathe,” de Elmano Sancho (27 de fevereiro), um espetáculo que ainda está a ser criado, “No Alvo”, da Companhia de Teatro de Braga (28 de fevereiro),  e destacaria ainda o espetáculo [da ACTA] com o qual que vamos encerrar a temporada, “Catarina”, para o qual este teatro vai ser transformado para que possa ser apresentado aqui (18 a 27 de Novembro e 1 a 4 de dezembro)».

Há ainda um período, entre 17 e 20 de março, em que ninguém sabe muito bem o que vai acontecer no Lethes, uma vez que serão dias de “Palco Aberto” a qualquer pessoa que queira mostrar aos outros algum talento escondido.

Haverá ainda espaço para a política. Para o Dia da Europa, 9 de maio, está marcado um debate com eurodeputados, moderado por António Branco, reitor da Universidade do Algarve.

Programação Lethes (1)Conparando com 2015, a ACTA teve agora menos verba para elaborar a sua programação, segundo Luís Vicente, «por uma razão simples: em 2015, fomos ressarcidos de uma dívida considerável de alguns municípios, e foi isso que nos permitiu fazer uma programação mais ousada. Mas, este ano, sem ressarcimentos, tivemos de nos conter dentro de determinados limites, negociando algumas situações que eu até achava difíceis, mas conseguimos chegar a bom porto. Esta não é a programação que eu desejaria ter, desejaria que fosse mais rica, mas é a possível neste contexto».

A restrição orçamental faz com que muita da programação seja feita com “prata da casa”, o que, segundo Luís Vicente, acaba por trazer resultados positivos. «As pessoas têm sido “obrigadas” a trabalhar mais para estarem ao nível daquilo que queremos fazer e isso tem um efeito positivo. Por exemplo, eu nunca tinha visto a Associação Filarmónica de Faro a tocar tão bem como este ano, no concerto de Natal. As pessoas empenham-se de outra maneira, porque a nossa programação tem critérios, tem projeção lá fora e chegam notícias disto a outros sítios do país e do estrangeiro».

O público do Lethes tem crescido com o passar dos anos, tendo atingido os 12 mil espetadores em 2015. «Quando fomos instalados aqui, este teatro era pouco mais que um armazém. Recuperámos isto e fomos buscar as pessoas. No primeiro ano, foi muito difícil. Em 2014, já tivemos resultados mais significativos, e, em 2015, foram ainda mais significativos», lembra o diretor da ACTA.

Para os anos vindouros, Luís Vicente espera não estar tão limitado financeiramente na programação e, durante a sua intervenção, considerou que «o próximo ciclo 2017-2020 vai ser determinante, vamos precisar de mais financiamento», até porque «o presidente da Câmara de Faro teve o atrevimento e candidatou Faro a Capital Europeia da Cultura em 2027. Isto vai requerer um grande grau de exigência e nós temos de entrar nisto».

A programação completa de 2016 do Teatro Lethes está disponível aqui.

sulinformacao

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