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QuaternagliaA Igreja Matriz de São Salvador, em Odemira, recebe no sábado, 7 de Maio, às 21h30, o espetáculo “Anjos ou Demónios? Novas Tendências da Música Brasileira”, pelo Quarteto Quaternaglia, mais um concerto no âmbito do Festival de Música Sacra do Baixo Alentejo – Terras Sem Sombra.

Com direção musical de Sidney Molina, o Quarteto Quaternaglia apresenta um recital com peças de compositores brasileiros do século XX e do atual, entre os quais Heitor Villa-Lobos. Os músicos do Quaternaglia utilizam três violões de seis cordas e um violão de sete cordas especialmente construídos pelo luthier brasileiro Sérgio Abreu.

O Festival Terras sem Sombra dedica esta sua edição de 2016 ao Brasil, como país convidado do Festival, com um ciclo musical ímpar. Entre a tradição e a modernidade, chegou a vez dos grandes virtuosos do violão.

Depois do concerto anterior, que teve lugar em Ferreira do Alentejo e foi consagrado ao Barroco e ao Romantismo, com o ensemble “Le Baroque Nomade”, sob a direção de Jean-Christophe Frisch, valorizando o diálogo ocorrido, nos séculos XVIII e XIX, entre os reportórios europeus e as tradições de outros tempos e de outros lugares, do Recife ao Rio de Janeiro, eis que se abrem as portas da matriz de Odemira a algumas das mais belas e profundas páginas da música brasileira dos nossos dias, com a presença de Quaternaglia Guitar Quartet, de São Paulo.

Estas sonoridades desembarcam no Alentejo pela mão daquele que tem sido aclamado como um dos mais importantes agrupamentos de violões (guitarras) da atualidade, sob a liderança do maestro Sidney Molina.

As suas brilhantes interpretações, com destaque para as Bachianas Brasileiras, de Villa-Lobos, causam sensação; mas o repertório que irá ser interpretado na igreja de São Salvador, a 7 de Maio, oferece ainda um mosaico das obras de compositores brasileiros contemporâneos, como Leo Brouwer, Almeida Prado, Egberto Gismonti e Paulo Bellinati

 

De Villa-Lobos ao vigor transcendente de um novo Brasil

QuaternagliaA força da música de Heitor Villa-Lobos (1887-1959) tornou-a uma imagem sonora do próprio Brasil, uma espécie de vetor originário que passou a ser reconhecido como marca da afetividade brasileira.

A investigação das possibilidades de expansão do repertório para quarteto de guitarras através de novas obras e arranjos constitui a proposta central do Quaternaglia Guitar Quartet desde a formação do grupo.

De facto, a compreensão – tanto formal como afetiva – é uma figura que não se esgota em Villa-Lobos, está bem patente nas composições pioneiras de Almeida Prado e Ronaldo Miranda e foi amplamente desenvolvido por mestres mais próximos de nós, como Egberto Gismonti, Marco Pereira, Chrystian Dozza e Paulo Bellinati – autores que também integram o programa do Quaternaglia nesta edição do Festival.

A igreja de São Salvador, matriz de Odemira, uma referência da vida local, pontuada por singulares obras de arte e dotada de características acústicas ímpares, oferece um quadro já de si motivador para esta embaixada musical brasileira.

O concerto integra-se no programa da visita pastoral de D. João Marcos, bispo coadjutor de Beja, ao arciprestado de Odemira, tem lugar às 21h30 e é de acesso livre, resultando da colaboração do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja com o Município e as Paróquias de Odemira.

 

Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, hotspot de biodiversidade europeu

costa sudoesteNo dia 8 de Maio, domingo, às 10h00, músicos, espectadores e membros da comunidade local envolvem-se numa iniciativa de conservação da natureza.

Ao longo de um percurso de cerca de 5 quilómetros partindo de um porto de pesca – o Portinho do Canal –, realiza-se um trajeto de reconhecimento das comunidades vegetais do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

Criado em 1988, este abrange territórios nos concelhos de Aljezur, Odemira, Sines e Vila do Bispo, desde São Torpes, a sul de Sines, até ao Burgau, já na costa meridional algarvia, incidindo numa faixa marítima de 2 quilómetros de largura que acompanha a área protegida em toda a sua extensão.

O percurso, guiado por investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, foca as principais cambiantes de habitat que caracterizam o Parque Natural: arribas, dunas, charnecas litorais e charcos temporários.

Nesta oportunidade de conhecer um dos principais tesouros de biodiversidade do Portugal atlântico, proceder-se-á à sinalização e ao controlo de núcleos pioneiros de espécies vegetais invasoras.

A ação, aberta a todos os interessados, decorre em parceria com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas e a Câmara Municipal de Odemira.

Trata-se de uma ocasião para debater o futuro de uma subregião biogeográfica que é, simultaneamente, uma reserva de biodiversidade, reconhecida ao nível internacional, mas ainda pouco conhecida entre nós.
Um património natural de certo modo único e que pode vir a estar ameaçado de destruição, se não existir um planeamento cuidado e um envolvimento da sociedade civil.

A iniciativa conta com a colaboração do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina) e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e com o apoio do Município de Odemira.

O 12º Festival de Música Sacra do Baixo Alentejo – Terras Sem Sombra, este ano alusivo ao tema “Torna-Viagem: o Brasil, a África e a Europa (da Idade Média ao século XX), decorre até ao mês de junho, com um total de oito concertos e outras tantas saídas de campo, em municípios do Baixo Alentejo: Almodôvar (27 de fevereiro), Sines (12 de março), Santiago do Cacém (2 de abril), Ferreira do Alentejo (16 de abril), Odemira (7 de maio), Serpa (21 de maio), Castro Verde (4 de junho). O encerramento está agendado para Beja (18 de junho).

 

Programa em Odemira

7 de Maio [21h30]
Igreja Matriz de São Salvador

Anjos ou Demónios? Novas Tendências da Música Brasileira

Quaternaglia Guitar Quartet
Chrystian Dozza
Fabio Ramazzina
Thiago Abdalla
Sidney Molina
Direcção musical Sidney Molina

8 de Maio [10:00]
Um Hotspot de Biodiversidade Vegetal em Portugal: O Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

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