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A Rádio Vaticana, emissora de rádio oficial da Santa Sé, considera o Terras sem Sombra um festival de referência nas suas três vertentes – património, música e biodiversidade – e acaba de dar-lhe o seu apoio, o que constitui uma oportunidade do maior alcance para divulgar a iniciativa no plano global e internacionalizar o Alentejo.

Trata-se também de um sinal de apreço pelo esforço que a região tem vindo a fazer, desde há décadas, na salvaguarda do património religioso em territórios de baixa densidade, unindo-o à promoção de uma reflexão sobre o papel da espiritualidade na arte e à nobre causa da conservação da natureza.

“É a primeira vez que temos a Rádio Vaticana connosco, no âmbito de uma parceria internacional, e consideramos esta colaboração um sinal importante, vindo de Roma, para o que está a ser feito”, assinala José António Falcão, diretor do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja e também diretor geral do festival.

Este serviço, formado por voluntários, organiza o Festival Terras sem Sombra desde 2013, uma iniciativa da sociedade civil que conta com a parceria da associação Pedra Angular e o apoio dos municípios, do Turismo do Alentejo, das direções regionais da Cultura e da Conservação da Natureza e Floresta e de outras forças vivas da região.

A parceria agora estabelecida com a Rádio Vaticana vai permitir uma cobertura regular das atividades do festival, existindo o propósito de que possa ser alargada a outros projetos, como a radiodifusão de concertos.

O Terras sem Sombra foi distinguido como o quinto melhor festival de “música clássica” do mundo, pela crítica da especialidade, que realçou a sua ligação às comunidades locais e o facto de fazer da valorização do território e da salvaguarda dos monumentos religiosos e dos santuários da vida selvagem uma prioridade.

A Rádio Vaticana é a emissora de rádio oficial da Santa Sé, que tem por finalidade anunciar a mensagem cristã e proporcionar uma união do Vaticano com as comunidades espalhadas pelo mundo.

É também uma das mais importantes cadeias internacionais, com um auditório permanente formado por muitos milhões de pessoas. A sua orientação está tradicionalmente a cargo dos Jesuítas, tendo como diretor o Padre Francesco Lombardi, um comunicador bem conhecido à escala planetária.

Fundada por Pio XI e instalada, a pedido do papa, pelo próprio Marconi, efetuou a primeira transmissão em 12 de Fevereiro de 1931, utilizando duas frequências e um transmissor de 10kw, à data qualquer coisa de extraordinário.
Uma semana depois de começar a emitir, tornou-se logo célebre por denunciar, ante um mundo incrédulo, as perseguições de que os judeus eram vítimas na Alemanha.

Depois, na II Guerra Mundial, manteria uma posição a favor das Aliados, apesar de todos os esforços de Joseph Goebbels, o ministro nazi responsável pela propaganda, para a silenciar. Não o conseguiu, graças ao estatuto de extraterritorialidade da Cidade do Vaticano e ao prestígio de Pio XI.

Hoje, dotada com os mais modernos meios técnicos, a Rádio Vaticana continua a destacar-se pelo rigor informativo e pela abertura à sociedade.

Faz transmissões para todo o planeta em ondas curtas, ondas médias, FM e internet. A programação é construída por mais de 200 jornalistas, em 61 países, nomeadamente de Portugal, e ultrapassa as 42 000 horas de radiodifusão por ano. Na internet, tem uma média superior a 500 mil acessos semanais, sendo um meio muito influente nas suas áreas de ação.

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