Lembra-se do PoeTryMe, o poeta artificial apresentado em 2014 por Hugo Oliveira, investigador do Centro de Informática e Sistemas (CISUC) da Universidade de Coimbra (UC)?
Este sistema de criatividade computacional evoluiu e chega agora ao Twitter, onde gera, com regularidade, um poema inspirado nos assuntos mais comentados nesta rede social.
https://twitter.com/poetartificial é a conta do PoeTryMe. Basicamente, explica o seu criador, Hugo Oliveira, «o sistema começa por obter os últimos tweets que mencionam um assunto muito comentado no Twitter. A partir daí, efetua uma contagem das palavras mais usadas, retira o que considera ruído e utiliza os substantivos, verbos e adjetivos mais frequentes como ponto de partida para gerar novos poemas, de forma completamente automática.»
#lovetwitter
rede é o tecido do passado
o tempo de quinina é o reinado
não o queira antes o tempo dar
que alma, que tempo, que lugar— O Poeta Artificial (@poetartificial) 21 de março de 2016
«Testar os limites do sistema e encontrar uma forma automática de criar poemas a partir de diferentes fontes de inspiração virtual» foi a motivação do investigador da UC para alargar o âmbito de atuação do PoeTryMe.
Por outro lado, esclarece Hugo Oliveira, «o Twitter é uma autêntica montra para sistemas que brincam com o texto e o objetivo do PoeTryMe é precisamente brincar com as palavras.»
«Até que ponto esta conta atingirá um grande número de seguidores, interessados nas novas criações do PoeTryMe? É outra pergunta a que queremos responder», refere o investigador.
Mas há mais novidades. Já é possível experimentar uma versão simplificada desta plataforma inteligente, através da secção “TryMe”, disponível em http://poetryme.dei.uc.pt/. Além da geração automática de poesia, o PoeTryMe também o pode surpreender com a geração de letras para músicas.