Três escolas algarvias vão receber, ao longo desta semana, a peça «Maria», uma produção do Útero Associação Cultural, com encenação de Miguel Moreira.
Esta iniciativa do Serviço Educativo do Teatro das Figuras, apoiado pela ANA Aeroportos, já esteve ontem em Estoi, na EB 23 Poeta Emiliano da Costa ontem e vai ainda chegar à Escola Profissional de Alte e à Escola Secundária João de Deus, até dia 20 de abril.
Segundo Miguel Moreira, o projeto “Maria” nasceu da vontade de levar as criações do Útero às escolas e desta forma confrontar os adolescentes com temas que tanto os atormentam – o amor, a politica, a sociedade. Procuraram criar um espetáculo de relação direta, que apela à participação dos alunos e que recorre ao uso das novas tecnologias, que tanto tem alterado a relação entre as pessoas: o telemóvel, o computador portátil e o vídeo (câmaras e projetores).
A peça está centrada na figura de uma adolescente de 14 anos que vive a maior parte do tempo fechada no seu espaço (o seu quarto). Comunica para o exterior com recurso à tecnologia – Internet, telemóvel. Apaixona-se também dessa forma, o que a faz questionar todo o lugar que o seu corpo ocupa. Ao mesmo tempo conhece uma amiga palestiniana num chat que a faz refletir sobre o papel do homem no mundo. Para se expressar tem uma guitarra e compõe música rock. Cria vídeos também com a sua câmara.
Miguel Moreira é um dos fundadores do Útero e dirigiu a maioria das criações realizadas por esta estrutura. Trabalhou com diversos criadores na área do cinema, teatro e dança. Trabalhou como ator permanente do Teatro o Bando durante cinco anos. Trabalhou com encenadores como João Brites, Paulo Castro, João Perry, João Garcia Miguel, João Ricardo, Alberto Lopes entre outros. No cinema trabalhou com Raquel Freire, Eduardo Guedes, Ivo Ferreira, João Botelho. Na dança com Olga Roriz, Teresa Simas, Rita Judas, Ana Borralho e João Galante entre outros.
