A Torre Albarrã do Castelo de Paderne vai ser restaurada. Para dar início ao processo, na sexta-feira, 29 de Julho, às 15h30, vai ser assinado, no salão nobre da Câmara de Albufeira, o Protocolo de Colaboração para Valorização, Restauro e Conservação dessa parte do monumento nacional.
O protocolo envolve a Câmara de Albufeira e a Direção Regional de Cultura do Algarve, bem como a Fundação Millwnium BCP, que vai pagar grande parte do restauro.
O Castelo de Paderne, classificado como monumento nacional, pertence ao Estado Português, através do Ministério da Cultura. Já há cerca de dez anos foi sujeito a um programa de conservação e restauro, bem como de escavações arqueológicas.
Trata-se de um castelo construído em taipa militar, pelos Almoadas, entre os séculos XI e XII, elevando-se no topo de uma colina sobre a ribeira de Quarteira.
A fortificação destinava-se a controlar, na última fase da ocupação muçulmana do território hoje português, a antiga estrada romana que cruzava a ribeira de Quarteira por uma ponte a Sudeste. Neste período, o progresso da Reconquista cristã levava à edificação de uma linha defensiva integrada por fortificações de porte médio e de caráter rural na região, das quais esta é um dos melhores exemplos.
O castelo viria a ser tomado em 1189, num encarniçado assalto noturno pelas forças de D. Sancho I (1185-1211), com o auxílio de uma esquadra de cruzados ingleses. Esse domínio, entretanto, foi efémero, uma vez que, já em 1191, foi recuperado pelas forças Almóadas sob o comando do califa Abu Yusuf Ya’qub al-Mansur.
A sua posse definiva para a Coroa portuguesa só viria sob o reinado de D. Afonso III (1248-1279), com a conquista pelo Mestre da Ordem de Santiago, D. Paio Peres Correia, em 1248, iniciando-se o repovoamento da região.