A cidade romana de Balsa, na Luz de Tavira, está a ser alvo de trabalhos arqueológicos, anunciou hoje a empresa Archaeofactory, do arqueólogo Tiago Miguel Fraga, responsável pela intervenção.
Segundo a empresa, estes são «trabalhos essenciais no âmbito de medidas de salvaguarda e minimização de impactes sobre este património, de acordo com o parecer da Direção Regional de Cultura do Algarve».
Alexandra Rodrigues Gonçalves, diretora regional de Cultura, explicou ao Sul Informação que «já foram feitas sondagens de deteção geofísicas e esta é a segunda fase dos trabalhos, que envolve sondagens com escavação».
A necessidade de avançar com trabalhos arqueológicos no local surgiu em Novembro de 2015, quando uma empresa espanhola começou trabalhos de instalação de estufas de frutos vermelhos na Quinta da Torre D’Aires, sem autorização da CCDR e da Direção Regional de Cultura, o que levou ao embargo da obra.
Segundo a empresa arqueológica de Tiago Miguel Fraga, os trabalhos surgiram para que «a antiga cidade portuária do Império Romano não caísse novamente em decadência», «situação que infelizmente se tem verificado até aos dias de hoje».
A intervenção «obedece a um rigoroso plano de prospeção geofísica, sondagens arqueológicas de diagnóstico e de conservação das estruturas existentes», acrescenta a Archaeofactory.
Os trabalhos têm a direção científica de Vítor Dias e Jorge Freire, com a consultadoria de João Bernardes e Vasco Mantas.
«A recuperação deste ponderoso legado do passado permitirá o seu estudo de forma mais detalhada e a valorização do acervo arqueológico nacional, com vista à sua posterior fruição por parte da comunidade», conclui a Archaeofactory.
