História, Arqueologia, Património Edificado e Património Cultural são os domínios em que vai incidir o protocolo geral de colaboração técnico-científica nas áreas do ensino e da investigação, assinado na semana passada pela Universidade do Algarve e pela Câmara Municipal de Vouzela.
Vouzela integra a região de Lafões, que tem como traço histórico-geográfico ser um território de passagem e ligação entre a Beira Litoral e a Beira Interior e que é, desde a Pré-História, percorrido através do vale do rio Vouga.
O projeto prevê a reavaliação do património histórico-arqueológico já conhecido, a prospeção de novos locais com interesse histórico, a realização de sondagens e escavações arqueológicas em sítios a selecionar, mas desde já programados para a Anta de Meruje e para a antiga torre medieval de Bendavises.
Pretende-se ainda o desenvolvimento de conteúdos programáticos que visem a valorização de património já existente, onde se incluem as torres medievais de Cambra, Vilharigues, Alcofra e a necrópole megalítica de Fornelo do Monte.
O projeto contará ainda com a participação de vários investigadores de outras universidades nacionais e espanholas, e servirá igualmente de campo-escola para a formação dos alunos da licenciatura em Património Cultural e Arqueologia e do Mestrado de Arqueologia da UAlg.
No sentido desta vertente particular da colaboração agora formalizada, está assegurado que a unidade curricular opcional de “Técnicas de Campo: Escavação”, da referida licenciatura, funcione já no início do próximo Verão na primeira campanha de escavações a realizar na Anta de Meruje.
«É desta forma que a Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS) da UAlg poderá cumprir uma das suas principais funções, a da relação direta e muito próxima com a sociedade, através da sua associação a um município, tendo em vista o desenvolvimento do conhecimento do Passado e a promoção do Património Histórico-Cultural como motor de desenvolvimento regional», salienta a Universidade do Algarve, em nota de imprensa.