Miguel Oliveira e Miguel Praia, pilotos da equipa portuguesa Parkalgar Racing, cumprem hoje um primeiro dia de treinos em conjunto com todas as restantes equipas presentes na prova das 12 Horas de Portimão, que desde ontem se começaram a instalar no paddock do Autódromo Internacional do Algarve.
No arranque de uma semana que promete ser bem especial para ambos, Miguel Oliveira e Miguel Praia estiveram ontem em Lisboa numa derradeira conferência de imprensa, antes de rumarem ao Algarve, onde hoje iniciam a Operação 12 Horas, com vista à participação na segunda prova do Campeonato do Mundo de Endurance, onde, aos comandos de uma Yamaha R1, preparada pela Yamaha YART – a divisão austríaca do construtor japonês –, querem discutir a primeira posição na prova portuguesa do calendário 2016 da especialidade.
Apesar da ausência do terceiro elemento da equipa da Parkalgar Racing Team, o francês Matthieu Lussiana, que chegou a Portugal, ontem, a meio da tarde, os dois portugueses revelaram o que será o mais complicado neste projeto que traz de novo a Parkalgar para as pistas.
“Acho que a grande dificuldade será o facto de nós, pilotos que estamos habituados a corridas de sprint, termos que fazer dentro da mesma corrida – com 12 Horas de duração – cerca de seis corridas. Isso torna tudo muito interessante igualmente no sentido em que vamos ter que nos adaptar a uma corrida de resistência – e felizmente temos a experiência do Matthieu para nos ajudar a perceber como se encara essa desafio”, disse Miguel Praia.
Por seu lado, a estrela da equipa algarvia, Miguel Oliveira, está claramente num momento alto da carreira, como o demonstra o oitavo posto conseguido em Montmeló (Barcelona) na sétima prova do campeonato do mundo de Moto2.
Daí que Praia tenha admitido que, “ao contrário de mim, o Miguel e mesmo o Matthieu estão no auge de forma e de rapidez, pois já estou sem competir desde o final de 2015 e para mim tem sido uma corrida contra o tempo para tentar recuperar os reflexos, a rapidez, os automatismos próprios de um piloto”.
“Mas esta é uma oportunidade excelente de ter na mesma moto uma espécie de seleção nacional, até porque o terceiro piloto fala inclusivamente português. Queremos vencer por Portugal e vencer por nós”, garantiu Miguel Praia.
Miguel Oliveira, por seu lado, falou também sobre o aliciante de conduzir em Portimão, um circuito bastante exigente do ponto de vista físico e também sobre a forma como vai encarar uma corrida totalmente distinta daquelas que realizou ao longo da sua carreira.
“São várias as dificuldades: o circuito tem muitas travagens fortes e exige muito do físico nesse aspeto. Ao mesmo tempo, tem muitas curvas cegas e tudo isso, em conjunto com a fadiga física e psicológica, vai tornar o obstáculo ainda maior. A pista tem também alguns ressaltos e com o decréscimo da aderência dos pneus vai tornar ainda mais exigente a condução, mas tudo em conjunto vai tornar a prova ainda mais interessante, com muitos pormenores que serão muito importantes”,explicou aquele que é o melhor piloto português de sempre, no motociclismo mundial.
“Estou muito ansioso por descobrir como é, porque é um tipo de andamento a que não estou nada habituado e vou ter que me acalmar um pouco para entrar em modo endurance”, acrescentou Miguel Oliveira.
A segunda prova do Campeonato do Mundo de Endurance, as 12 Horas de Portimão, disputa-se nos dias 10 e 11 de Junho no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão. Além das emoções da prova em si – com destaque para o trio de pilotos da equipa portuguesa Parkalgar Racing Team, capitaneada por Miguel Oliveira -, a organização promete diversão para toda a família.
