O francês Stéphane Peterhansel (Mini) regressou esta quarta-feira à liderança da classificação de automóveis do rali de todo-o-terreno Dakar2012, depois de ter ganho a 4ª etapa, entre San Juan e Chilecito, no norte da Argentina.
Carlos Sousa foi o melhor português, depois de ter terminado os 326 quilómetros da especial em 6º, o que lhe valeu a subida de um lugar na Geral, para 6º.
Ricardo Leal dos Santos, depois da pouca sorte da véspera, em que perdeu mais de duas horas e meia atolado num lamaçal a 500 metros do fim da especial, conseguiu hoje voltar ao seu andamento habitual, terminando em 11º lugar.
Leal dos Santos gastou 4h04m10s a percorrer os 330 quilómetros, mais 14m37s que o seu companheiro de equipa Stéphane Peterhansel, que foi o vencedor do dia.
Aos comandos de um Mini All4 Racing, a dupla portuguesa foi muito penalizada pelas ultrapassagens que foi obrigada a fazer, já que teve de partir para esta etapa de uma posição bastante atrasada, na sequência do contratempo sofrido no final da etapa de ontem.
“Partimos para esta etapa com o firme propósito de conseguir recuperar posições e a nossa meta era terminar hoje nos dez primeiros. Contudo foi bastante difícil e arriscado fazer ultrapassagens a concorrentes que têm andamentos muito vivos e com carros que têm velocidades de ponta muito parecidas com as nossas. Tivemos de correr alguns riscos e mesmo assim perdemos bastante mais tempo do que desejávamos”, comentou o piloto português no fim da etapa.
O anterior líder do Dakar nos carros, o polaco Krzysztof Holowczyc, foi 5º e perdeu 10.51 para Peterhansel, que assim conseguiu recuperar a liderança perdida na véspera.
Na classificação geral, Peterhansel comanda, com 9:43.20 horas. De Villiers a 5.41 e o espanhol Joan “Nani” Roma (Mini) a 6.44 fecham o pódio provisório.
Carlos Sousa está a 30.45 minutos do líder e Leal dos Santos a 3:02.36 horas, tendo subido alguns “furos”, de 50.º para 30.º.
Esta quinta-feira corre-se a 5ª etapa, a última antes de a caravana passar para o Chile, entre Chilecito e Fiambalá. Serão 265 quilómetros de especial para as motos e apenas 177 para os automóveis.
Os pilotos vão percorrer a duna branca da região de Fiambalá, onde, tal como tem ficado provado nas edições anteriores do Dakar, os erros de navegação são os principais adversários dos concorrentes. Carlos Sainz que o diga, uma vez que já lá perdeu duas vezes o Dakar…
