Louletano/Dunas Douradas e Banco BIC/Carmim/Tavira são as duas equipas algarvias que esta quarta-feira, a partir das 15 horas, vão começar a disputar a 76ª Volta a Portugal Liberty Seguros, cujo prólogo de 6,8 quilómetros em percurso urbano se corre em Fafe.
Quando passarem exatamente três minutos das 15 horas, o relógio vai iniciar a contagem de tempo do japonês Kota SumiYoshi (Team Ukyo), o primeiro a fazer-se à estrada pela ordem de saída do contrarrelógio individual.
O derradeiro corredor a começar o Prólogo será o espanhol Gustavo Veloso (OFM/Quinta da Lixa) às 17h20. Em média, os corredores gastarão cerca de oito minutos a fazer o percurso que vai assinalar as primeiras diferenças da competição.
Ao longo dos 11 dias de competição, 138 homens de 16 equipas integram o pelotão que vai percorrer mais de 1600 quilómetros entre Fafe e Lisboa. São os tradicionais dias de competição que já fazem parte do verão português, chamando milhares de adeptos e entusiastas para a beira da estrada, num verdadeiro fenómeno popular de cor e animação que se estende ao país real.
Numa Volta que, na realidade, será apenas a meio Portugal, uma vez que nunca descerá abaixo do rio Tejo, um dos favoritos é o algarvio Ricardo Mestre, o último português a vencer a prova rainha do ciclismo nacional, em 2011, então ao serviço da formação de Tavira.
No ano seguinte, Mestre saiu pela porta pequena, ao sofrer uma queda aparatosa, tendo estado ausente no ano passado por estar a representar a Euskaltel-Euskadi, extinta equipa do WorldTour.
De volta a uma equipa portuguesa, Ricardo Mestre alinha agora pelo Efapel-Glassdrive e não quer assumir o favoritismo: «esta vai ser a minha nona Volta, tenho consciência que não há anos iguais. Pode ser melhor, pode ser pior, espero que seja um ano em que a sorte me acompanhe».
Outro favorito é o português Hernâni Broco, agora chefe de fila do Louletano/Dunas Douradas. «O trabalho de casa foi feito, agora é tentar encarar as etapas com a maior tranquilidade e que as coisas nos saiam bem. O meu objetivo da época é este e fiz tudo para estar bem neste dia», disse Hernani Broco.
«A montanha para mim é bom, são etapas às que me adapto perfeitamente. Espero que o tempo também me ajude, sou um ciclista que gosta de calor. Penso que, na primeira semana, as quatro etapas podem ser decisivas, talvez não para o vencedor, mas podem ditar quem vai estar na discussão final», acrescentou o ciclista da equipa de Loulé.
Broco tinha anunciado a sua retirada do ciclismo, depois de ter terminado a Volta de 2013 em 5º lugar, mas acabou por continuar, integrando como chefe de fila a formação louletana.
Outros favoritos são Edgar Pinto, da LA/Antarte, Rui Sousa, da Rádio Popular/Onda, e Gustavo Veloso, da OFM/Quinta da Lixa.
Ao todo, serão 11 dias de muitas emoções, na 76ª Volta a Portugal em Bicicleta.