Os extremos encontraram-se e o líder saiu vencedor. Numa partida que se adivinhava complicada, frente ao Estoril, o Portimonense perdeu por 2-0 em casa e manteve a série de maus resultados na Liga Orangina.
A equipa algarvia mudou muito no mercado de transferências, com entradas e saídas de jogadores, e notam-se melhorias mas, no jogo de hoje, também se notou que o Estoril é de outro campeonato.
No primeiro lance de verdadeiro perigo junto das duas balizas, o líder do campeonato não perdoou. Aos 17 minutos, Licá trabalhou bem na esquerda, fletiu para o centro e rematou cruzado para a baliza batendo Serginho.
A partir do golo, o Portimonense teve mais bola e criou lances de perigo. Ao minuto 28, Zambujo teve tudo para fazer o golo, mas Lameirão, em cima da linha, evitou aquele que seria o tento do empate.
As equipas foram para o descanso com o Estoril na liderança do marcador, mas com um Portimonense com mais bola.
O início do segundo tempo seguiu a mesma toada, com a equipa algarvia mais subida no terreno e, aos 55 minutos, Luís Carlos, à entrada da área, atirou forte mas ligeiramente ao lado do poste.
Com as substituições realizadas por Marco Silva, o Estoril melhorou e começou a controlar melhor as investidas do Portimonense, cada vez mais pressionado com o passar dos minutos.
Ao minuto 85, Carlos Eduardo teve uma boa oportunidade para dilatar a vantagem do Estoril, mas o remate, depois de uma perdida de bola em zona proibida de Ruben Fernandes, atingiu o poste.
O líder do campeonato não marcou ao minuto 85, mas ao minuto 91, não perdoou. Diogo Amado surgiu nas costas da defesa do Portimonense e assistiu Fabrício que, com a baliza à sua mercê, só teve de encostar para o segundo.
O Portimonense ainda ameaçou reduzir a desvantagem dois minutos mais tarde, mas Vagner negou o golo a Ben Traoré, após um remate forte à entrada da área que o guardião defendeu para canto.
O Estoril saiu assim do Algarve com mais três pontos preciosos na luta pela subida e o Portimonense tem que esperar que os adversários diretos na luta pela manutenção não vençam esta tarde para que o fosso que separa os alvinegros da linha de água não aumente ainda mais.
Equipas:
Portimonense: Serginho, Ricardo Pessoa, Eridson, Ruben Fernandes, Tininho; Semedo, Róbson, Pedro Oliveira (Simmy 59′), Zambujo (Daniel Lemos 62′), Luís Carlos (Daniel Lemos 75′) e Ben Traoré.
Suplentes: Carlos Henriques, Wakaso, Daniel Lemos, Vitor Gonçalves, Simmy, Hugo Carreira e Willem
Estoril: Vagner, Anderson, Lameirão, Steven Vitória, Tiago Gomes, Gonçalo Santos, João Coimbra (Diogo Amado 73′) Rodrigo Dantas (Carlos Eduardo 68′), Gerso (Tony Taylor 65′), Fabrício e Licá.
Suplentes: Mário Matos, Moreira, Adilson, Tinoco, Diogo Amado, Carlos Eduardo e Tony Taylor.
Reações:
Lázaro Oliveira
“Foi uma derrota amarga frente a um adversário que, até determinada fase do jogo, não foi superior. Na primeira vez que chegou à baliza, o Estoril marcou golo. Mostrámos alguma ansiedade, mas tivemos bons períodos no jogo.
Na segunda parte, quando julgava que podíamos incomodar mais o Estoril, faltou querença, faltou garra… Para nós cada jogo é uma final e, à medida que as jornadas vão caminhando, vai-se tornando mais difícil manutenção. Temos de passar das palavra aos actos e a equipa tem de começar a vencer. Temos de mudar de atitude. Há que limpar a cabeça dos jogadores e fazer acreditar nas suas capacidades. Faz falta uma vitória para subir os níveis de confiança.”
Marco Silva
“Foi uma vitória justa. Sabíamos que seria um jogo muito difícil, frente a uma equipa diferente para melhor, mais agressiva, que melhorou com o mercado de transferências. Na primeira parte, o jogo foi de muita luta e, depois, no segundo tempo, sabíamos que com as substituições o jogo iria ficar para nós. Era essa a estratégia montada para hoje. Podíamos ter marcado mais mas golos, mas isso seria injusto para aquilo que fez o Portimonense”.