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O Olhanense defendeu bem e o Porto atacou mal. O resultado de 90 minutos com este padrão foi um empate a zero, na noite em que Fabiano – defendeu um pénalti – e não Hulk, foi o herói.

A história do jogo não é muito longa em termos de oportunidades de golo. Se houvesse a necessidade de poupar caracteres na crónica desta partida, seria possível falar apenas do minuto quatro.

O Porto conquistou uma grande penalidade, por falta de Maurício sobre Kléber, Hulk – uma sombra do jogador que pisou este mesmo relvado na época passada – rematou para o lado esquerdo do guarda-redes, mas Fabiano negou-lhe o golo com uma grande defesa e ainda anulou a recarga desviando a bola para canto com o pé.

O Olhanense respondeu ao lance do pénalti apenas ao minuto 22, quando após canto da esquerda, a bola sobrou ao segundo poste para Mexer que, de primeira, atirou por cima.

O que se passou entre o minuto 2 – quando foi assinalado o pénalti – e o 22 é um bom exemplo do que foi toda a partida. Um Olhanense aguerrido a defender, procurando lançar contra-ataques, e um Porto incapaz de ultrapassar a barreira defensiva algarvia, falhando muitos passes.

O perigo só voltou a rondar as balizas ao minuto 46, quando Moutinho, na sequência de um canto curto, cruzou para o segundo poste e Rolando e Maicon chegaram atrasados à emenda.

O Porto entrou mais perigoso no segundo tempo e, em cinco minutos, criou duas ocasiões de golo, mas Hulk, primeiro, e Mangala depois, não conseguiram acertar na baliza.

Até final da partida, tirando um lance que Ismaily cortou na direção da própria baliza, ao minuto 71, o Porto não conseguiu criar mais perigo e o Olhanense aproveitou para pôr em sentido a defensiva azul-e-branca com contra-ataques rápidos que aproveitavam o adiantamento da equipa portista.

Num desses lances, ao minuto 78, Hélton teve que se aplicar ao defender para canto um remate de Wilson Eduardo que levava selo de golo.

Na parte final do encontro, o Porto subiu ainda mais no terreno, mas nem por isso criou perigo para a baliza de Fabiano, ele, que tinha decidido o resultado final logo ao minuto quatro.

 

Equipas:

Olhanense: Fabiano, Mexer, Maurício, André Pinto e Ismaily; Fernando Alexandre, Cauê, Nuno Piloto; Mateus (Rui Duarte 68′), Salvador Agra (Figueroa 91′) e Wilson Eduardo (Ivanildo 80′).

Suplentes: Ventura, Toy, Ivanildo, Vitor Vinha, Figueroa, Rui Duarte e Dady.

 

FC Porto: Hélton, Mangala, Maicon, Rolando e Álvaro Pereira; Fernando (Guarín 72′), João Moutinho e Belluschi (Defour 72′); Hulk, James Rodriguez e Kléber (Walter 59′).

Suplentes: Bracali, Guarín, Varela, Walter, Alex Sandro, Otamendi e Defour.

 

Reações:

Vítor Pereira

Estou desapontado com o resultado, porque pretendíamos a vitória e trabalhámos muito durante o jogo para levar daqui os três pontos. Criámos situações de golo para ganharmos, falhámos algumas situações que nos poderiam ter levado à vitoria. Acho também que o senhor João Capela não teve uma noite feliz, porque para além da expulsão do Maurício, que teria de ser expulso, há pelo menos mais um pénalti que ficou por marcar. Depois, houve falta de sorte, porque o jogo que fizemos e a atitude que tivemos mereciam outro resultado. A grande penalidade, se tivesse sido concretizada, mudava claramente a matriz do jogo. Aí teríamos um Olhanense que teria de procurar outro resultado e os espaços iam-se abrir, poderíamos desenvolver o nosso jogo de maneira diferente. O Olhanense esteve sempre com um bloco muito baixo, aqui e ali a tentar o contra-ataque, mas o FC Porto não permitiu qualquer situação, tirando um outro remate. O FC Porto foi muito superior e justificou claramente sair daqui com os três pontos.

Daúto Faquirá

Fazer um ponto, mesmo na nossa casa, com o FC Porto, é sempre um resultado positivo tendo em conta os nossos objetivos. Se estivesse a dizer que este empate sabia a pouco, estaria noutra dimensão. No entanto, poderíamos ter feito o golo, tal como Porto que teve as suas ocasiões. É um resultado positivo, que se ajusta àquilo que foi jogo, salvaguardando a diferença entre as duas equipas.

Fomos taticamente irrepreensíveis, conseguimos os nossos objetivos, não na totalidade – porque quando preparamos um jogo é sempre para ganhá-lo.

[Sobre o pénalti defendido] Se sofrêssemos golo a abrir o jogo, naquele momento, condicionaria toda a estratégia, como aconteceu na semana passada, e obrigar-nos-ia a ir à procura do resultado e entraríamos naquilo que o Porto é forte, dando espaços para as transições.

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