O número de violações dos regulamentos antidopagem no ciclismo cresceu em 2012 face ao ano anterior, revelou a Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), na sua análise sobre os dados relativos ao Programa Nacional Antidopagem, hoje tornados públicos.
Este aumento, porém, deve-se sobretudo «à intensificação da política de prevenção e de dissuasão do doping no desporto amador e de massas», esclarece a FPC.
Ainda assim, dado que o ciclismo é das modalidades com maior número de controlos, «verifica-se que a percentagem de casos positivos por cada controlo efetuado é no ciclismo de 2,52 por cento, abaixo da média total das federações, que se situa nos 2,54 por cento».
Dos 11 casos registados em 2012, seis foram de corredores das categorias de veteranos, um foi de um corredor de maratonas BTT, um foi de uma corredora amadora de estrada, um foi de uma júnior e dois de profissionais (nestes, um caso com um ciclistas espanhol e outro por violação das normas de localização).
Tendo percebido que, no ciclismo popular e de massas, «poderia haver um problema de dopagem», a Federação Portuguesa de Ciclismo preocupou-se, «de forma pioneira no desporto nacional, em aprofundar os controlos antidopagem junto destas categorias, que nada têm a ver com a alta competição».
Estes controlos foram intensificados «por uma questão de saúde pública, porque o desporto popular e de massas deve ser fonte de bem-estar e de prazer, e também por uma questão de verdade desportiva», acrescenta a FPC.
Esta ação saldou-se por um «número significativo de casos positivos, mas estamos convencidos de que esta postura de total intransigência na luta contra a dopagem também no desporto amador trará frutos para a nossa modalidade, pois tem um efeito preventivo e dissuasor do recurso a substâncias e a métodos proibidos», acrescenta a Federação em comunicado emitido no dia em que começa a 75ª Volta a Portugal.
A FPC faz ainda questão de registar, «com agrado o reconhecimento, por parte do presidente da ADoP, Prof. Dr. Luís Horta, da colaboração que tem sido prestada pela Federação Portuguesa de Ciclismo na implementação da estratégia de combate à dopagem».