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O Olhanense venceu esta tarde o Beira Mar no Estádio José Arcanjo por 2-1, com golos de Wilson Eduardo e Rui Duarte (de grande penalidade), tendo depois Artur reduzido para o Beira Mar já em cima do final do encontro, também através de grande penalidade.

Esta vitória acaba com um ciclo de seis jogos na liga sem vitórias e significa também a primeira vitória para Sérgio Conceição enquanto técnico principal do Olhanense. Com estes três pontos, os algarvios saem assim dos lugares perigosos da tabela.

 

Crónica

As promessas são para cumprir. E Sérgio Conceição entrou na sua carreira de técnico principal com promessas: a de uma equipa atacante e com garra. E cumpriu-as: ao primeiro jogo oficial em casa de Sérgio Conceição, o Olhanense entrou em campo com tração à frente e vontade de praticar futebol atacante.

O pior é que a entrada em campo dos algarvios também foi uma promessa: a de futebol ofensivo e golos, mas só isso mesmo. Na primeira parte, golos, que é bom, nem vê-los. Dez minutos depois de alguns processos de intenções algarvios, o Beira Mar assusta: Élio aparece na área sozinho a cabecear ao poste.

Depois, foi toda uma promessa até ao final da primeira parte. Mais remates, mais ataques por parte do Olhanense e uma defesa que parecia permeável aos contra-ataques esporádicos do Beira Mar.

Os golos, esses, até apareceram, mas só na segunda parte. O Olhanense até ia praticando bom futebol, pelas alas e através dos rápidos Wilson Eduardo e Salvador Agra, mas encalhava no lutador mas perdulário Yontcha. À falta de um matador no futebol corrido, o primeiro golo havia de surgir por intermédio de uma bola parada. A um canto batido por Rui Duarte, respondeu Maurício nas alturas, com a bola a sobrar para Wilson Eduardo, que rematou colocado.

A segunda parte, aliás, traria mais do mesmo: o campo parecia mais curto, tantas as vezes que se sucediam jogadas de perigo de parte a parte. Mas também o segundo golo do encontro haveria de surgir de bola parada. Mais precisamente de penálti, em cima do minuto 80, com o capitão Rui Duarte a converter.

Mas quando se pensava que o Olhanense teria a vitória no saco, o Beira Mar ainda viria a reduzir aos 87′, também através de um penálti pouco claro, e abriu caminho a uns últimos cinco minutos de muitos nervos no relvado e nas bancadas, com o suspeito do costume – o árbitro – a ser o visado.

Três minutos de tempo regulamentar mais quatro de descontos ainda haveriam de dar lugar a uma expulsão (para Hugo, do Beira Mar) e a alguma emoção – mas poucas mudanças práticas. O Olhanense acabaria por conseguir a vitória depois de um ciclo de seis jogos na Liga sem vitórias, e respira melhor, afastando-se dos lugares perigosos da tabela classificativa.

Treinadores:

Rui Bento: “O Beira Mar fez um bom jogo, até ao golo tivemos as melhores oportunidades de golo, infelizmente não concretizámos. Sofremos o golo  numa bola parada, depois surge o penálti. Reagimos mas entretanto perdemos alguma clarividência. O Beira Mar sai hoje daqui sem os três pontos mas justificámo-los.

Sérgio Conceição: “Não fizemos um jogo extraordinário mas o mais importante foi a vitória. Na segunda parte retificámos algumas coisas de que não gostei no primeiro tempo e merecemos completamente. Na segunda parte, criámos três ou quatro ocasiões e o resultado até podia ter sido mais dilatado”.

 

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