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O campeão do mundo Sébastien Loeb capotou o seu Citroën DS3 WRC e foi forçado a abandonar o Rally de Portugal logo no 1º dia, quando cumpria o quilómetro 7 da terceira especial (Ourique).

Para além do espetacular acidente de Loeb, houve mais pilotos que não conseguiram chegar ao Estádio do Algarve. Dani Sordo foi um deles. O espanhol abandonou após a segunda classificativa do dia, com problemas eléctricos no Mini, razão pela qual os faróis falhavam.

Outros conseguiram levar o carro até à assistência, mas com bastante sacrifício. O motor do Ford de Martin Prokop nunca funcionou em pleno. Sébastien Ogier teve problemas de embraiagem e, posteriormente, elétricos no Skoda Fabia S2000.

Por fim, Armindo Araújo saiu de estrada logo na primeira especial da noite e confessou-se frustrado por terminar a etapa na 32ª posição da geral.

Com o azar de Araújo e depois da desistência do açoriano Ricardo Moura (Mitsubishi), Pedro Meireles (Mitsubishi Lancer) passou a liderar a “frota” portuguesa.

Com estes percalços, a classificação é comandada por Latvala, seguido de Petter Solberg e Mikko Hirvonen.

Depois de terem dado espetáculo na Super Especial de Lisboa, em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, pilotos e co-pilotos enfrentaram três classificativas realizadas à noite, algo que não acontecia no Rali de Portugal há muitos anos.

Este ingrediente adicional, em conjunto com a ameaça de chuva, que acabou mesmo por aparecer, foi o suficiente para uma sucessão de acontecimentos que ditaram uma classificação liderada pelos homens da Ford.

Com a chuva a cair apenas em algumas zonas dos troços, as especiais apresentavam condições de piso distintas. Alguns pilotos ainda tiveram de lidar com o pó que pairou no ar em determinados momentos, mas quem partia mais atrás já teve de passar em pisos com muita água, em especial na última classificativa, Ourique.

Houve também quem tenha sentido dificuldades para pilotar à noite e não se adaptou à fraca visibilidade inerente. Esses confessaram que não se sentiram confortáveis para acelerar e correr o risco de terem um acidente.

Um dos pontos de maior interesse do dia esteve relacionado com as táticas iniciadas pelos pilotos da Ford e da Citroën ainda no dia anterior, após a qualificação.

Loeb e Hirvonen optaram por abrir a estrada, enquanto Solberg saiu em 16º e Latvala foi o 17º. Apesar de não haver muito pó, o campeão do Mundo mostrou-se apreensivo com a falta de visibilidade à noite e de ter passado por zonas com muita lama.

Os pilotos da Ford também sentiram falta de tração mas encontraram as especiais em melhores condições, depois dos carros que partiram à sua frente terem “limpo” a estrada.

Esse foi o principal problema de Loeb, que sofreu por ser o segundo na estrada. A meio da terceira classificativa, o francês falhou a passagem por uma curva e acabou por capotar o DS3 WRC.

Desta forma, o líder do Mundial perdeu qualquer esperança de voltar a vencer em Portugal, mas tanto o piloto como o co-piloto saíram ilesos do acidente.

Esta sexta-feira, Latvala parte para o primeiro troço com uma vantagem de 2,6 segundos sobre Petter Solberg, enquanto Mikko Hirvonen ocupa a terceira posição a cinco segundos do líder do Vodafone Rally de Portugal.

Hoje, cumpre-se o segundo dia do Rali de Portugal, uma etapa com seis provas especiais de classificação, num total de 132,68 quilómetros cronometrados (Tavira, Alcaria e São Brás de Alportel).

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