Houve uma reviravolta completa na classificação da 9ª etapa do Dakar 2012, que se disputou ontem, terça-feira. O motard português Helder Rodrigues (Yamaha) foi declarado vencedor da tirada, depois de ter sido aplicada uma penalização de 15 minutos a vários concorrentes, entre os quais os que tinham sido os mais rápidos no dia.
Assim, Rodrigues, que tinha sido o 4º melhor na etapa entre Antofagasta e Iquique, terminando a 11.44 minutos do francês Cyril Despres (KTM), acabou por passar para 1º, já que Despres, que tinha ganho, e Marc Coma (2º) e Barreda Bort (3º) foram penalizados por terem trocado de motor.
O piloto português acabou deste modo por ganhar a etapa, com o tempo de 5h16min17seg, seguido por Despres, que ficou a 3min16seg, já incluindo a penalização.
Na classificação geral, esta vitória da etapa permitiu a Helder Rodrigues reforçar o seu 3º lugar, diminuindo a distância em relação a Despres (1º) e Coma (2º), e afastando-se de Jordi Viladons (4º).
O francês Cyril Despres, apesar destas peripécias, recuperou a liderança das motos, deixando a 3min54seg o seu eterno rival, o catalão Marc Coma.
A penalização de 15 minutos acabou por afetar os restantes portugueses em prova: Paulo Gonçalves (Husqvarna) também mudou de motor e sofreu a consequente penalização, pelo que o dia acabou por não lhe correr bem: foi 11º na etapa e desceu dois lugares na geral, onde agora é 7º.
Quanto a Ruben Faria (KTM), apesar de não ter trocado de motor, acabou por ser penalizado em 15 minutos por estar a competir no apoio a Despres, acabando por cair para 22º, na etapa. Ainda assim, subiu um lugar na geral, para 12º.
Esta razia do quarto de hora não deixou sequer de fora Bianchi Prata (Husqvarna), que ficou em 55º na etapa e na classificação geral desceu quatro posições, sendo agora 51º.
Esta quarta-feira, dia 11, a caravana do Dakar cumpre a a ligação entre Iquique e Arica, que inclui uma especial de 377 quilómetros, que começa junto à costa do Oceano Pacífico.
A meio da etapa, a última disputada no Chile, os pilotos voltam a atravessar as dunas do deserto do Atacama, com o “fesh-fesh”, as areias finas e brancas no final da etapa.
