O piloto algarvio Ruben Faria (Husqvarna) está «muito satisfeito» com o prólogo do Dakar2016, onde se classificou em 2º lugar, com o mesmo tempo do vencedor, o espanhol Joan Barreda, mas avisa que o rali «só começa a sério» este domingo, com a primeira etapa.
«O Rally só começa a sério amanhã [hoje, domingo], mas estes resultados dão sempre uma motivação extra para toda a equipa», comentou ontem o piloto de Moncarapacho.
Ontem, sábado, teve início o Dakar2016, com uma ligação de 357 quilómetros entre Buenos Aires e Rosario, durante a qual os pilotos tiveram que cumprir um prólogo de 11 quilómetros, para definir a ordem de partida para a 1ª etapa deste domingo.
Gerindo o seu andamento para assegurar um lugar nos três primeiros, Ruben Faria garantiu o segundo posto, lugar onde irá partir para a etapa de hoje.
Ruben Faria recordou: «Fiz o meu primeiro Dakar há precisamente 10 anos, portanto este ano tem um significado especial para mim. Estou numa equipa nova e com um projeto ambicioso e muito bem delineado. Temos os nossos objetivos muito bem definidos para este Dakar. O resultado que fiz hoje faz parte de uma estratégia, portanto estou muito satisfeito de começar desta forma».
Menos sorte teve Paulo Gonçalves (Honda), vice-campeão no Dakar2015 e apontado como um dos favoritos deste ano. No prólogo, não foi além do 50º posto.
«Não entrei com o pé direito, senti alguns problemas e optei por abrandar o ritmo», disse o piloto português.
«O verdadeiro Dakar começa amanhã e é aí que temos de estar sempre bem e sem problemas. Sei que este será um Dakar extremamente difícil, temos um enormíssimo número de pilotos com o objetivo de vencer, mas, tanto eu como a equipa Honda HRC, nos preparámos bem e vamos para a luta. É o que eu posso prometer nesta edição do Dakar2016», acrescentou Paulo Gonçalves.
Hélder Rodrigues (Yamaha), que terminou o prólogo na 3ª posição, a apenas 3 segundos dos vencedores, manifesta-se «motivado para o início de uma grande corrida que se adivinha muito exigente».
Quanto aos restantes portugueses nas motas, Mário Patrão foi 33º e Pedro Bianchi Prata 58º. «Dei o meu melhor, estava muito pó. No final, fiquei com o 33º melhor tempo», comentou Mário Patrão.
No que diz respeito aos carros, Carlos Sousa é o único piloto português. Defendendo pelo segundo ano consecutivo as cores da equipa Mitsubishi Brasil, Carlos Sousa iniciou este sábado, em Buenos Aires, a sua 17ª participação num Dakar, a sexta no atual formato sul-americano da prova.
Tal como em 2015, quando levou o ASX Racing ao 8º lugar da classificação, terá a seu lado o compatriota Paulo Fiuza, formando a única dupla portuguesa a competir na corrida automóvel, voltando a estabelecer como principal meta um lugar no top-10 final, objetivo que Carlos Sousa já atingiu por 11 vezes desde a sua estreia na prova em 1996.
Para já, e cumpridos que foram os primeiros 11 quilómetros desta 38ª edição do Dakar, as expectativas de Carlos Sousa mantêm-se intactas, servindo apenas este Prólogo para definir a ordem de partida para a etapa deste domingo e confirmar o elevado nível competitivo desta edição: “Os Prólogos nunca foram o meu forte, mas o resultado está claramente dentro do que tínhamos perspetivado. Não arriscámos nada! Preocupámo-nos apenas em não cometer erros e perceber se estava tudo bem com o carro”, afirmou o piloto português, que garantiu o 18º melhor tempo entre os 111 concorrentes que que iniciaram a prova na categoria automóvel.
Curiosamente, Carlos Sousa repetiu ontem o 18º lugar que alcançou em Barcelona há precisamente 11 anos, na última vez que um Dakar também se iniciou com um Prólogo.
Hoje, 3 de Janeiro, disputa-se a 1ª etapa do Dakar2016 entre Rosario e Villa Carlos Paz, com um total de 632 quilómetros , dos quais 227 quilómetros de especial cronometrada.