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banco alimentarO Banco Alimentar contra a Fome vai realizar este fim-de-semana mais uma campanha de recolha de alimentos em todo o país. No Algarve, os voluntários do Banco Alimentar vão estar em 140 supermercados da região e, desta vez, vão distribuir sacos de papel, para angariar alimentos para as cerca de 23 mil pessoas que são apoiadas, indiretamente, pela instituição no distrito de Faro.

Segundo Nuno Cabrita Alves, presidente do Banco Alimentar contra a Fome do Algarve, em entrevista ao Sul Informação/RUA FM, estas campanhas semestrais assumem particular importância porque  «90 por cento dos produtos que distribuímos todos os dias vêm destas campanhas e o resultado condiciona o apoio no Algarve para os próximos seis meses. O que recebermos agora é o que temos para distribuir às pessoas nesse período».

E as pessoas são cada vez mais, segundo Nuno Cabrita Alves. «Neste momento, estamos a apoiar 95% das instituições do Distrito, ou seja, 110 instituições. É provável que, nos próximos meses, consigamos aumentar, tendo em conta que o Banco recolhe diariamente outro tipo de produtos, como frutas e verduras em grande quantidade», afirma.

No entanto, «muitas das instituições não recebem produtos secos, porque não há suficientes para apoiar as 23 mil pessoas que o Banco apoia todos os dias».Armazém do Banco Alimentar_2

A situação económica do país e, no Algarve, a sazonalidade, são dois dos fatores que contribuem para que, nos últimos dois anos, o número de pessoas apoiadas tenha aumentado. «O desemprego elevado contribui para isso, os subsídios de desemprego mais baixos e de menor duração, também. E, no Algarve, há a sazonalidade. Nos meses de maio e junho, sente-se um abaixamento, mas a partir de outubro volta a aumentar número de pessoas. Estimamos que isso vá voltar a acontecer. Para nós, é um problema. Também as comunidades piscatórias, com constrangimentos com a pesca e com as épocas de defeso… Tudo contribui para que, no verão, isto pareça quase um paraíso e, no inverno, esteja perto de um inferno», lamenta Nuno Cabrita Alves.

Em relação aos produtos que fazem mais falta, o dirigente do Banco Alimentar no Algarve destaca um produto e uma categoria: «o produto é o azeite e a categoria engloba os alimentos para crianças dos zero aos três anos. É sempre deficitário».

Também o leite, «um produto que entra muito, é sempre necessário», acrescenta.

Sendo a recolha de alimentos feita por voluntários, a falta destes, constitui um entrave. «Há sempre um défice nesta altura do ano. No Inverno, o tempo não convida ao ar livre, há uma maior sensibilidade pela época ser próxima ao Natal e as pessoas estão mais despertas. Nesta altura, há muitos eventos lúdicos e nem sempre se consegue os voluntários suficientes. Para nós, é um problema, porque vamos viver nos próximos seis meses do resultado destes dois dias», explica Nuno Cabrita Alves.

A maior novidade desta campanha é a troca dos sacos de plástico por sacos de papel, uma forma de ajudar duas vezes o Banco Alimentar contra a Fome. «O donativo vale a dobrar. Cada saco de alimentos, quando chega ao armazém, é colocado de lado e vamos integrar esse papel na campanha papel por alimentos. Cada saco pode originar um donativo de óleo, azeite, leite, salsichas, ou conservas de atum».Banco Alimentar_Arquivo

Para além da entrega direta nos supermercados, há mais formas de contribuir com alimentos para o Banco Alimentar. A Campanha Vale vai estar disponível nas caixas de supermercados entre 30 de maio e 7 de junho e a Campanha Online no site alimenteestaideia.net. «Estas campanhas trazem vantagens porque recebemos os produtos, por opção, mais tarde, quando nós já temos parte dos produtos recolhidos entregues e é um importante reforço», explica Nuno Cabrita Alves.

O objetivo para esta campanha de recolha de alimentos no Algarve é o de recolher 125 toneladas de alimentos. «É essa a nossa meta, vamos ver se a conseguimos atingir e, talvez, ultrapassar».

 

Mais pequenos convidados a ajudar

Aproveitando a proximidade com o Dia da Criança, o Banco Alimentar contra a Fome do Algarve vai promover, pela segunda vez, a Campanha Júnior, que vai decorrer nos armazéns de Faro e de Portimão, no domingo, entre as 10h00 e as 13h00.

Para Nuno Cabrita Alves, este «é um convite para passar de forma diferente o Dia da Criança – sendo que é um dia depois. Mas em vez de pensarmos como sociedade consumista, que compra mais um jogo aos meninos, ou uma Playstation, é uma oportunidade de os fazer contribuir. São eles os futuros adultos e gestores deste país e é importante dar-lhes cedo um outro tipo de input».

 

sulinformacao

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A campanha do Banco Alimentar contra a Fome, realizada este fim de semana, dias