Só a Barragem da Bravura, na bacia das Ribeiras do Algarve, apresentava, no último dia do mês de janeiro passado, um volume de água armazenada inferior à média do mês, segundo os dados do Boletim de Armazenamento nas Albufeiras de Portugal Continental, da responsabilidade da Agência Portuguesa de Ambiente (APA).
De facto, aquela barragem apresentava-se a 72,2% da sua capacidade, quando a média de armazenamento em janeiro é de 76,4% (1990/91 a 2012/13). Ainda assim, uma posição muito confortável, num Inverno onde ninguém se pode queixar de falta de chuva.
De acordo com o Boletim, das 57 albufeiras monitorizadas em todo o país, 35 apresentavam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e uma tinha disponibilidade inferior a 40% do volume total.
No Sul do país, a bacia onde são mais altos os níveis de armazenamento é a do Guadiana, com 87,7% (acima da média de 81,1%), que inclui as barragens algarvias do Beliche (70,3%) e Odeleite (77,8%).
Esta bacia integra um total de nove albufeiras, com destaque para a do Alqueva, que apresenta o nível de armazenamento mais alto de todas as do Sul (88,8%), mas também Abrilongo, Caia, Enxoé, Lucefecit, Monte Novo e Vigia.
Segue-se a bacia do Mira (84,6%), com duas barragens: a de Corte Brique e a de Santa Clara (84,6%).
Finalmente, a bacia do Arade (66,8%), com três albufeiras: Arade (sem dados), Funcho (76,4%) e Odelouca (63,9%).
Com a chuva que tem caído nestes primeiros doze dias de fevereiro, é de esperar níveis superiores de armazenamento nas albufeiras, no final do mês, em alguns casos compensadas pelas descargas controladas das barragens.