Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility

Para as crianças (e alguns jovens) de Alte e Benafim, o Dia Mundial dos Oceanos, que se celebrou, esta quinta-feira, 8 de Junho, foi no mínimo diferente. No Zoomarine, além de assistirem ao tradicional espetáculo de golfinhos, juntaram-se num animado flashmob, em tons de azul, e ainda tiveram direito a ver a exposição de esculturas de lixo marinho, feitas por eles.

As celebrações juntaram a Escola EB1 de Alte, a EB1 de Benafim, a Escola Profissional Cândido Guerreiro, de Alte, mas também o Centro de Educação de Alte… num verdadeiro “Oceano para te quero”.

O objetivo? Dar um «dia especial» a todos, explicou João Neves, coordenador do Departamento Educacional do Zoomarine ao Sul Informação.

«Para nós é mais do mesmo, porque esta é a nossa missão do dia a dia, mas para eles é especial, porque se envolvem na mensagem», acrescentou. E esta mensagem é só uma: alertar para a necessidade de proteger os oceanos.

Como tal, os alunos destas escolas também assistiram a filmes sobre a temática e até aprenderam, durante o show dos golfinhos, questões relacionadas com esta espécie.

Vera Semedo, aluna do curso de Turismo da Escola Profissional Cândido Guerreiro, é exemplo de como o dia juntou diversão e conhecimento. De cara pintada, pronta para o flashmob, contou: «já conhecia alguns dos problemas, mas fiquei bastante sensibilizada para a questão dos tubarões».

Quanto à junção entre alunos mais velhos e mais novos, no flashmob, Vera disse que «tudo correu bem». «Eles [os mais novos] aprenderam facilmente!», acrescentou, sorridente.

Enquanto todos dançaram ao som de Don’t Stop Believin’, da banda Journey, foram dezenas os visitantes do Zoomarine que pararam para assistir. E as crianças, jovens e até alguns adultos em ação foram levantando os braços e batendo palmas ao ritmo da música.

Ana Paula Lopes, do Centro Europe Direct, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, entidade que promoveu esta iniciativa, também dançou, e explicou ao Sul Informação que um dos objetivos das celebrações do Dia dos Oceanos é «alertar para a proteção da vida do mar».

Também por isso há outras atividades, como um mural com trabalhos e desenhos destes alunos, ou uma proposta para todos os que visitarem o parque temático algarvio: «construir um origami, em forma de pomba da paz, que será depois colocado no topo desse mural», explica Ana Paula Lopes.

E sem esquecer, ainda, a exposição de esculturas de lixo marinho, que já está patente à entrada do “Oceanus” do Zoomarine.

Para conceber estas obras de artes, foram usados objetos que poluem o mar, como sacos e garrafas de plástico, mas também materiais recicláveis. Um dos trabalhos que mais salta à vista é a “Onda Mágica”, feita por alunos da turma B da EB1 de Alte (entre 8 e 10 anos), pois entrelaça garrafas de plástico e arame.

A verdade é que até os mais novos – do Centro de Educação da aldeia de Alte, com idades entre os 4 e o 6 anos – prepararam uma escultura. «Com alguma ajuda», contou Fernanda Maio, diretora daquele estabelecimento de ensino.

«Eles estão super entusiasmados! Mal viram a escultura deles, disseram logo “olha, fomos nós que fizemos”», disse ao Sul Informação. Tudo isto faz com que as crianças estejam «super entusiasmadas», garantiu a diretora.

O pequeno Diogo Maio comprovou-o. De boné na cabeça, parco nas palavras, mas muito sorridente, elegeu, prontamente, aquilo de que mais gostou na visita ao Zoomarine: «as raias».

Este dia diferente, passado não junto a um verdadeiro oceano, mas sempre tendo-o como pano de fundo, contou com o apoio da Associação Portuguesa do Ambiente (APA) e do Centro Ciência Viva do Algarve.

 

Fotos: Ana Madeira | Sul Informação

 

sulinformacao

Também poderá gostar

Sul Informação

As “passinhas do Algarve” na seca de 1875, ou o retrato social e económico da região – Olhão, Faro, Vila Real de Santo António e Alcoutim

Os efeitos da seca não eram, em Olhão, diferentes dos outros concelhos do litoral

Sul Informação

Infralobo oferece rastreio de cancro aos seus trabalhadores

Um rastreio oncológico aos trabalhadores da empresa municipal Infralobo foi feito na semana passada

Sul Informação

As “passinhas do Algarve” na seca de 1875, ou o retrato social e económico da região – Loulé e Tavira

Numa altura em que a seca se agrava em Portugal continental, com cerca de