Os doentes do Algarve que precisem de serviços de ortopedia, que hoje não existem na região algarvia, já podem ser tratados em Lisboa, ou em Setúbal. O acordo que garante esta assistência foi assinado ontem, na sede da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, e engloba os Centros Hospitalares Lisboa Norte e Lisboa Central e o Centro Hospitalar de Setúbal.
A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve anuncia que este acordo «tem como objetivo colmatar as insuficiências de capacidade assistencial no Centro Hospitalar do Algarve, garantindo uma efetiva e rápida acessibilidade dos cidadãos da Região do Algarve aos cuidados hospitalares em especialidades e áreas específicas, neste caso concreto, em Ortopedia».
Os Centros Hospitalares Lisboa Norte, Lisboa Central e de Setúbal, através de um regime semanal de escala rotativa, passam a receber e a tratar «todos os utentes que o Centro Hospitalar do Algarve não tenha capacidade de tratar localmente nos seus serviços de urgência», na área da Ortopedia.
Já o Centro Hospitalar do Algarve fica encarregado de providenciar os meios e o apoio para que os utentes sejam «devidamente transferidos para as instalações destas unidades, de acordo com a escala semanal rotativa».
O documento foi assinado por Joaquim Ramalho, o novo presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve, e os seus congéneres dos três Centros Hospitalares da Região de Lisboa e Vale do Tejo, ou seja, Carlos Martins, do Centro Hospitalar Lisboa Norte, Ana Escoval, do CH Lisboa Central, e Manuel Roque Santos, do CH de Setúbal.
A falta de meios na especialidade de Ortopedia no CHA já levou a que um homem que partiu uma perna em Tavira fosse transportado para Beja para ser tratado, ou à sugestão do ex-presidente do CH Algarve Pedro Nunes do cancelamento de uma prova de BTT em São Brás de Alportel, por não poder garantir meios para tratar eventuais vítimas de um acidente.
Este acordo é integrado no Protocolo de Cooperação Inter-regional na Assistência Hospitalar aos Utentes do Centro Hospitalar do Algarve, que foi estabelecido no dia 11 de março entre os presidentes dos Conselhos Diretivos das ARS Algarve, Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo.