Arderam 4405 hectares no Algarve, nos diferentes incêndios que ocorreram entre os dias 3 e 8 de Setembro, segundo a estimativa do European Forest Fire Information System (EFFIS) da União Europeia. A este número, terá de se juntar a área ardida ontem, sexta-feira, dia em que o incêndio Monchique/Portimão foi dado como dominado pela segunda vez.
No site desta entidade oficial, que acompanha os fogos florestais em toda a Europa, é possível ver com clareza a dimensão da área ardida nos fogos que assolaram Monchique e Portimão, mas também aquele que lavrou próximo de Silves.
O intervalo temporal deste relatório do EFFIS coincide com o das mais recentes grandes ocorrências no terreno, já que foi no passado sábado que deflagraram vários incêndios, com a situação mais grave a centrar-se na Fóia (as Caldas de Monchique e Porto de Lagos, em Portimão, também estiveram a arder), tendo sido declarado como dominado 26 horas depois, no domingo.
Na quarta-feira, houve um reacendimento violento (ou nova ignição, ainda está por apurar), no concelho de Monchique, com as chamas a evoluírem para Sul, de forma muito rápida, tendo entrado no concelho de Portimão, deixando um rasto de destruição atrás de si.
Na sexta-feira, o comandante operacional do Centro Distrital de Operações de Socorro de Faro Vaz Pinto estimava que a área ardida, em Monchique/Portimão, rondasse «os 2 mil a 2500 hectares».
Uma estimativa que pode ter de ser revista em alta, pese o facto do responsável máximo pela proteção civil se estar a referir, apenas, à ocorrência designada como Monchique. Ou seja, esta estimativa não inclui a área ardida em Silves e em Porto de Lagos, incêndios que lavraram durante horas, nem a ocorrência das Caldas de Monchique e muitas outras ignições e pequenos incêndios que se têm multiplicado, um pouco por todo o Algarve, desde sábado passado.
Só no dia 3 de Setembro, houve um número elevado de ignições sucessivas, que começaram em Alte e apenas pararam no Alto da Fóia, onde um homem foi apanhado em flagrante a atear um fogo, que os bombeiros foram atacando com a rapidez possível (veja aqui o “filme” dos acontecimentos). Foi de uma destas ignições que resultou o fogo que assolou a Serra de Monchique em duas ocasiões distintas e que só ontem voltou a ser dado como dominado.