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Um médico que começou a trabalhar no Centro de Saúde de Monchique na passada quinta-feira, dia 20, para ajudar a colmatar a falta de clínicos nesta unidade, morreu, na manhã de sexta-feira, no seu local de trabalho, pouco tempo depois de lá ter chegado.

Fonte da Administração Regional de Saúde (ARS) adiantou ao Sul Informação que o médico «trabalhava no Centro de Saúde de Monchique através de empresa de prestação de serviços (Kelly)».

Segundo a mesma fonte, «o objetivo era que aquele prestasse serviços médicos na Sede (Centro de Saúde de Monchique) e nas respetivas Extensões de Saúde (Alferce e Marmelete)».

O homem sentiu-se mal e acabou por morrer no local,  apurou o Sul Informação.

Apesar de mais esta baixa, num Centro de Saúde que viu dois médicos de família aposentarem-se recentemente, a ARS garante que «estão a ser prestados os cuidados de saúde à população, por intersubstituição de médicos daquela Unidade de Saúde, garantindo-se desta forma a cobertura médica aos respetivos utentes».

Além disso, «foram ainda tomadas medidas no sentido de haver a necessária substituição por outro médico da referida empresa», garante a entidade.

A falta de médicos de família no concelho de Monchique já motivou uma pergunta do PCP ao Ministério da Saúde que esclareceu que «todos os utentes inscritos na UCSP têm médico de família, mas dois médicos desta unidade aposentar-se-ão no decorrer deste ano».

Fonte da ARS explicou ao Sul Informação que o médico que faleceu estava em Monchique até que esteja concluído o processo de readmissão dos dois clínicos que se reformaram, uma vez que estes estão interessados em integrar o dispositivo legal para a contratação de médicos aposentados.

Além disso, o Governo garante, na resposta ao PCP, que a falta de médicos no ACES Barlavento «será substancialmente colmatada no(s) próximos(s) concurso(s) para a área da Medicina Geral e Familiar, cuja abertura se prevê que ocorra no mês de Julho».

Segundo a ARS, «o primeiro concurso, para vagas de mobilidade, com médicos já inscritos no Serviço Nacional de Saúde, abriu a 12 de Julho e encerrou a 19 de Julho. Os resultados devem, por isso, estar prestes a ser conhecidos. O concurso prevê a inclusão de cinco médicos para o ACES Barlavento».

Além deste, há outro concurso que «deve abrir até final do mês, para médicos que terminaram o internato, que costuma ser importante para a contratação de clínicos», acrescenta a fonte da ARS.

No caso de Monchique, uma vez que os médicos que se reformaram serão readmitidos, a necessidade da contratação de mais clínicos para esta unidade será avaliada pela direção do ACES Barlavento, tendo em conta as necessidades noutras unidades de saúde, como Portimão, onde faltam sete clínicos, ou Lagos.

sulinformacao

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