A morte de um empresário inglês, há 10 anos, no Algarve, está a ser alvo de um inquérito, em Inglaterra. Charles Raper, que passava férias em Vilamoura, com 17 amigos, foi encontrado ferido, em circustâncias misteriosas, no parque de estacionamento de um resort de golfe, em 2005, e acabou por morrer no hospital.
O inquérito foi aberto na segunda-feira e, segundo o Daily Mirror, «não é claro se [Charles Raper] foi atropelado por um amigo que conduzia um minibus, se foi esfaqueado, se caiu de um muro, ou se foi assaltado».
O que a imprensa britânica reporta como certo, é que a morte de Charles Raper, de 34 anos] aconteceu depois de um “jogo de bebida” [drinking game].
Segundo o Mirror, o homem foi levado para o hospital, com graves lesões, mas morreu depois de uma operação para remover o baço.
O inquérito, que tem a duração de dez dias, e que está a decorrer no Woking Coroner’s Court, em Surrey, ouviu, para já, como «o grupo de homens, amigos do “The City”, do rugby e da Universidade, participavam em “drinking games”».
David Currie, que encontrou Raper caído, disse no tribunal que «parecia que ele tinha sido agredido», mas que «um membro da equipa médica que o assistiu disse que ele foi esfaqueado».
No entanto, à mulher de Charles Raper, David Currie disse que o empresário tinha caído de um muro, «para causar menos stress».
A hipótese de Raper ter sido atropelado por um amigo, Ian Desmond, também foi aventada em tribunal, uma vez que o inquérito apurou que Desmond estaria ao volante de um minibus, que poderia ter atropelado a vítima. Desmond estaria «muito embriagado».
David Currie foi mesmo questionado pelo juiz se estaria a proteger Desmond, algo que negou.
Segundo adianta o Mirror, David Currie, ex-jogador de rugby, «quando regressou a Inglaterra, falou com uma empresa de Relações Públicas, «sem a permissão da familia», para evitar publicidade negativa acerca da morte de Charles Raper, algo que, terá resultado, uma vez que, só dez anos depois o caso está a ser investigado.
O inquérito para tentar apurar as causas da morte de Charles Raper vai continuar a ouvir testemunhas por mais oito dias.